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CORONAVÍRUS | Brasil sequencia pouco o coronavírus, por falta de investimento

Acompanhamento do vírus é fundamental para identificar mutações que possam tornar o vírus mais transmissível, mais letal ou resistente a vacinas.

segunda-feira 8 de fevereiro de 2021 | Edição do dia

(Imagem: NIAID)

Sequenciar constantemente o genoma do coronavírus é um passo muito importante para acompanhar o surgimento de novas variantes, potencialmente destrutivas por vezes. A variante do Reino Unido, por exemplo, é mais transmissível que o normal, e a variante da África do Sul é mais resistente à vacina de Oxford, para citar exemplos de danos possíveis.

No entanto, o Brasil ainda sequencia muito pouco o novo coronavírus. Apenas cerca de 0,03% dos casos de Covid no país foram enviados para serem sequenciados, contra 5% no Reino Unido, ou 1,9% na Dinamarca. Isso fez com que a variante do Amazonas fosse identificada pela primeira vez no Japão, em pessoas que estiveram no estado.

Hoje, os sequenciamentos de todo o país são concentrados em três laboratórios: na Fiocruz, no Rio de Janeiro, no Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, e no Instituto Evandro Chagas, no Pará. Falta pessoal e também insumos para que se possa ampliar os sequenciamentos e a vigilância genômica no Brasil, devido a falta de investimentos nessa área.

Isso faz parte do débil combate à pandemia dado pelo negacionista Bolsonaro, mas também por Doria e por aqueles que se dizem defensores da ciência. Não garantiram testes massivos e EPIs nem sequer para os profissionais da saúde, e agora não existem vacinas disponíveis para todos, enquanto a maioria da população continua trabalhando sem condições mínimas de higiene e as aulas presenciais estão retornando em vários pontos do país.

Leia também: "Guerra pelas vacinas": frente à irracionalidade capitalista, anulação das patentes e vacinas para todo mundo




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