Segurança do Carrefour admite que não teve nenhum incidente prévio ao assassinato racista
O policial militar temporário e um dos seguranças do Carrefour de Porto Alegre Giovane Gaspar da Silva, que assassinou covardemente João Alberto, escancarou o seu racismo em depoimento. Ele alegou em depoimento hoje (27) que não houve nenhuma discussão antes da brutal agressão que levou Beto a morte.
sexta-feira 27 de novembro de 2020| Edição do dia
Foto: reprodução
O depoimento do policial militar entrou em contradição com a versão de outras funcionárias do Carrefour que disseram que João Alberto teria empurrado outros clientes na loja e que teria “encarado” a fiscal do supermercado Adriana Alves Dutra com olhar agressivo e teria direcionado ofensas a funcionária. A fiscal ainda identificou o segurança e PM como um cliente que tentaria apaziguar a situação.
O PM alegou em depoimento que não houve nenhuma discussão pregressa o que fortalece a versão de um crime de racismo que também foi justificado pelos funcionários do supermercado pelo fato de Beto ter tido problemas precedentes na loja.
O racismo escancarado do caso e desse depoimento reforçam a necessidade de cotidianamente avançar na luta antirracista como o pai de João Alberto chamou em discurso em manifestação hoje
Pode interessar:
Depois do assassinato de João Alberto, Carrefour faz demagogia para silenciar gritos antirracistas
Adriana Alves Dutra, a fiscal da loja que é vista no vídeo filmando com o celular toda a agressão sem intervir em nenhum momento foi presa na última terça feira e é suspeita de ter envolvimento decisivo na agressão que levou a morte de Beto.
Alta de 73% nos lucros do Carrefour se dá em cima da fome, sangue e trabalho negro
Presidente da Fundação Palmares destila seu racismo e chama João Alberto de marginal
Tópicos relacionados
Carrefour / Racismo Estrutural / Racismo / [email protected]