Chico Rodrigues, o senador que foi flagrado com dinheiro até entre as nádegas, teria ajudado a negociar o uso de um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) para transportar equipamentos de empresa que vendeu produtos superfaturados ao governo de Roraima.
quinta-feira 22 de outubro de 2020 | Edição do dia
Foto: Agência Senado
O senador Chico Rodrigues (DEM-RR), flagrado na semana passada com R$ 33 mil escondidos na cueca, ajudou a negociar um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para transportar equipamentos de proteção individual (EPIs) vendidos ao governo de Roraima por uma empresa suspeita de superfaturar o material. A informação consta no inquérito que apura desvios de recursos de emendas parlamentares destinados ao combate à pandemia do novo coronavírus.
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Em ofício encaminhado no início de abril ao ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, o senador pede a disponibilização de uma aeronave e argumenta que "trata-se de material imprescindível na luta contra a pandemia do Covid-19 e um alento neste momento de crise".
A empresa que forneceu os equipamentos é a Quantum que, segundo a Polícia Federal, superfaturou máscaras de proteção vendidas ao governo de Roraima a um preço 26 vezes mais caro do que o custo original.
Os advogados do parlamentar disseram que "o Senador Chico Rodrigues jamais intercedeu indevidamente em prol de qualquer interesse privado no âmbito de contratações no Estado de Roraima ou em qualquer outro órgão”.
Chico Rodrigues, que até recentemente era vice-líder do governo no senado e tinha uma “união estável” com o presidente (palavras do próprio Bolsonaro), pediu licença do cargo para evitar que o STF julgasse seu afastamento. Mesmo de licença, Rodrigues continuará desfrutando do plano de saúde e do apartamento cedido em função do cargo, benefícios que seu suplente também terá acesso.
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