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CORRUPÇÃO BUROCRACIA SINDICAL | Paulinho da Força vira réu em ação penal por desvio de dinheiro do BNDES

Nesta terça-feira (08), o Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou denúncia e abrirá ação penal contra o deputado Paulinho da Força Sindical (Solidariedade-SP).

quarta-feira 9 de setembro de 2015 | 00:35

As denúncias contra Paulinho, presidente da Força Sindical segunda maior central sindical do país, foram realizadas pelo Ministério Público Federal (MPF) e envolvem três crimes: contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. A defesa do deputado nega as acusações e alega que ele foi vítima de tráfico de influência de um grupo criminoso.

Conforme a denúncia, Paulinho teria sido beneficiário de um esquema que desviou recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A Procuradoria-Geral da República (PGR) pede a condenação do parlamentar por ter cometido crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Paulinho teria desviado valores de financiamentos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a uma loja e à Prefeitura de Praia Grande (SP). Os valores seriam desviados por meio de uma empresa de consultoria que, segundo o MPF, não realizava os serviços para a loja e a prefeitura. Os desvios totais são referentes a empréstimos cedidos pelo BNDES nos valores de R$ 130 milhões e R$ 220 milhões.

Segundo investigações, as "comissões" que beneficiavam Paulinho, variavam de 3% a 4% dos valores dos empréstimos do BNDES, banco público vinculado ao governo federal. Paulinho, do Solidariedade tem-se se colocado como oposição ao governo Dilma, se aliando à oposição de direita do PSDB.

A defesa de Paulinho alega que ele não tem envolvimento no suposto esquema e que foi vítima de "tráfico de influência" por membros da suposta quadrilha. Estes usariam o nome do deputado, segundo seu advogado, para justificar o valor dos serviços de consultoria cobrados pela empresa.

A denúncia contra Paulinho da Força é mais uma evidência do papel da burocracia sindical e suas relações corruptas com os governos, bancos e empresários. Burocracias como as da Força Sindical lideradas por políticos a serviço dos patrões como Paulinho, tem o papel de representarem os interesses dos capitalistas junto aos trabalhadores, recebendo em troca privilégios materiais e cargos nos governos (que por sua vez governam para os ricos). Com a crise econômica e as políticas de ajuste fiscal, as burocracias tem se mostrado cada vez mais claramente como estão de fato contra os interesses dos trabalhadores, ao negociarem às portas fechadas com patrões e governos, ataques como o PPE, bancos de horas e apoiarem projetos como a regulamentação da terceirização e consequentemente, do trabalho precário.

Esta denúncia de corrupção como o protagonismo Paulinho da Força, mostra como a burocracia também está a serviço de desviar dinheiro público para alimentar seus privilégios e interesses junto a empresas e governos. Por isto, é preciso que os próprios trabalhadores construam sua alternativa política independente de governo, do PT e da oposição de direita, e contra os patrões, numa luta organizada em cada local de trabalho superando os entraves das burocracias sindicais, para assim resistir aos ataques e de fato fazer com a que crise seja paga pelos capitalistas.




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