sábado 26 de dezembro de 2015 | 10:30
Foto: Luiz Chaves/Palácio Piratini
Já não bastasse passos dados pelo PSOL, recentemente, em que cada vez mais trilha o rumo de estreitar os laços com o governo, adaptando-se dessa forma ao capitalismo, o partido aponta com seu últimos movimentos, concretamente essa postura.
Exemplo disso foi a sua participação na Frente Povo Sem Medo, frente esse criada para "mobilizar" "contra" o ajuste fiscal do governo Dilma. Essa frente nada possui de novo, pois ela é composta principalmente pelas entidades governistas (CUT/CTB/UNE/MTST) que visam blindar o governo Dilma para que a mesma consiga aplicar as medidas neoliberais contra a juventude e a classe trabalhadora. É nesta frente que o PSOL está junto. Se não bastasse tudo isso, alguns parlamentares e figuras públicas do partido conseguem superar-se ainda mais (ao capitalismo).
A ex candidata à presidência da república Luciana Genro defendeu publicamente diante do processo aberto de impedimento da presidenta Dilma,novas eleições gerais (mesmo chamado do PSTU), adotando claramente uma posição de alinhamento com a velha oposição de direita que encontra-se "louca" de vontade para assumir o executivo e continuar executando a classe trabalhadora e a juventude como faz o governo Dilma. No RS o governo Sartori/PMDB, desde o início de seu mandato em janeiro, criou o caos para os servidores públicos. Parcelou salários, retirou repasse de verbas de hospitais e escolas, aprovou aumento de ICMS, como também a "parceria" público privada nas escolas. Agora no fim do ano para "fechar com chave de ouro" os ataques que começou em janeiro deste ano o governador não pagou o décimo terceiro salário dos servidores, obrigando os mesmos a retirarem um empréstimo no Banrisul e deixando dúvidas se o estado pagará os juros referentes ao empréstimo. Caso os servidores não fizessem isso, receberiam somente a partir de julho de 2016 em 6 parcelas. E não é só isso, no apagar das luzes do dia 28 e 29 de dezembro o governador encaminhará em regime de urgência para a assembleia legislativa o PL 206, projeto esse que estipula um teto de gastos com saúde, educação e segurança.
Caso consiga aprovar abre-se precedentes para o total sucateamento dos serviços públicos como demissões e reajuste salarial zero. Por fim o PSOL ao mesmo tempo que aceita e comemora em seu partido setores oriundos de partidos de direita (brizolistas entre outros) negou a entrada de organizações revolucionárias no seu congresso deste ano. No dia 22 de dezembro o PSOL com o seu deputado estadual Pedro Ruas demonstrou mais uma vez de que lado está encaminhando-se o partido.
No magistério gaúcho encontram-se aproximadamente 30 mil professores e funcionários que trabalham em regime de contrato temporário, já que para os governos é melhor manter os servidores em regime precarizado do que fazer concurso público. Como é de prática no final do ano o executivo (todos que passaram) manda para a assembleia legislativa um projeto para renovar os contratos temporários.
Com todos os ataques deste ano do governador Sartori, pairava o medo entre o magistério que neste ano o governo Sartori fizesse a demissão de todos os contratados como é feito em outros estados. Porém não fez e encaminhou o projeto de renovação. Para a surpresa de todos (até de militantes do PSOL ligados ao magistério) o deputado estadual do PSOL Pedro Ruas votou contra a renovação dos contratos sofrendo críticas públicas principalmente da corrente interna do partido CS (construção socialista) que tem dentro de sua organizações muitos militantes ligados ao magistério.