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DENÚNCIA | No hospital Santa Casa de Mauá, diversos setores são deixados sem vacinação

O Esquerda Diário recebeu a denúncia de que no hospital Santa Casa de Mauá, funcionários foram excluídos da vacinação. O anonimato foi mantido para a proteção do trabalhador contra retaliações da chefia.

terça-feira 2 de fevereiro de 2021 | Edição do dia

Envie sua denúncia sobre o que está acontecendo no hospital, unidade de saúde onde você trabalha, garantimos anonimato, escreva para o número 11 99139-3631.

De acordo com as informações recebidas, o hospital da rede privada localizado em Mauá, não garantiu a vacinação de todos os seus funcionários. Com essa decisão arbitrária e aproveitando-se da situação de escassez, a administração deixa diversos setores cotidianamente expostos à Covid-19 sem imunização.

“Sou trabalhador da saúde e estou na linha de frente contra a pandemia e também não fui vacinado.” afirmou o funcionário do hospital. “Vários colegas meus de outras unidades também não foram e ficamos à mercê do calendário para conseguir no posto como toda população e grupos prioritários”, completou. Vários setores do hospital não receberam doses, por exemplo o raio X, hemodiálise, banco de sangue, entre outros.

O problema da não garantia da imunização dos profissionais da saúde ocorre em todo o Brasil. Em São Paulo, a vacina foi prometida por demagogos como João Doria e Bruno Covas, contudo, os trabalhadores do Hospital Universitário da USP sofrem do mesmo descaso que seus colegas de profissão que trabalham na Santa Casa de Mauá.

Em greve desde o dia 01, os funcionários do Hospital da USP exigem que tanto efetivados como terceirizados sejam vacinados, assim como todos os setores do hospital. A direção deste hospital, mesmo que público, se assemelha a administração privada da Santa Casa de Mauá, que arbitrariamente excluiu setores da vacinação, ambos seguem a mesma cartilha de descaso dos governos.

Acompanhe: Trabalhadores do HU da USP dão exemplo e realizam forte paralisação por vacina para todos

A situação dos profissionais da saúde é reflexo da absoluta insuficiência de vacinas para garantir a imunização até mesmo dos grupos prioritários, que ocupam a linha de frente do combate à pandemia e precisam ser protegidos tanto pela exposição diária ao vírus como para condições de trabalho adequadas para o tratamento dos enfermos.

É necessário garantir em primeiro lugar a vacinação dos trabalhadores da saúde e um plano científico de vacinação e combate à pandemia. Objetivo esse que coloca como tarefa primordial a quebra das patentes dos monopólios da indústria farmacêutica que buscam lucrar com escassez de vacinas e controle operário da produção das doses.

"Nós queríamos a vacina pra todos" defende trabalhadora na paralisação do Hospital da USP

Como ocorre no Hospital da USP, a união e solidariedade entre os que já foram vacinados e os que estão sendo excluídos dos planos de vacinação das chefias e governos é essencial para lutar para que todos da linha de frente tenham direito à vacinação.

Leia mais em nosso editorial. Crise de Manaus: lutemos pela reestruturação da economia sob controle dos trabalhadores




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