Depois da morte de João Pedro de apenas 14 anos pelas mãos da polícia racista e assassina no Rio de Janeiro no início dessa semana, ontem o jovem de 16 anos Juan Oliveira Ferreira foi assassinado em casa por um policial civil na frente de sua mãe e irmãos em Santo André, região metropolitana de São Paulo. O assassinato de Juan acontece horas depois de uma manifestação contra a violência policial na região. Basta de mortes a juventude negra das periferias pelas mãos da polícia racista e (...)
Redação
João Vitor, em menos de 48h após o assassinato de João Pedro, foi outro jovem negro executado pela polícia genocida de Witzel. Em tempos onde diariamente contamos os mortos, essas mortes mostram como mesmo em meio a pandemia do coronavírus outro genocídio segue ininterrupto e brutal.
Quilombo Vermelho
Sofrendo com o descaso dos governos desde sempre, com constante falta de água e saneamento básico, em meio à pandemia isso só se cresce nas favelas: no RJ, as favelas contabilizam mais mortes pela Covid-19 do que 15 estados brasileiros.
Olívia Godiva
Grupo frente CDD iria distribuir 200 cestas básicas na comunidade, mas foram foram recebidos a tiros pela polícia e tiveram que se esconder na casa de moradores para não serem baleados.
Nesta segunda-feira, João Pedro, jovem negro de apenas 14 anos, foi ferido à tiros em meio a uma operação policial. Segundo relatos nas redes sociais, o jovem estava brincando com seus primos, quando traficantes entraram em sua casa e a policia disparou diversos tiros, um deles atingindo o jovem na barriga. O jovem teria ficado desaparecido desde as 16 horas de segunda-feira, e a família teria recebido a noticia pela manhã de que o corpo se encontrava no (...)
Dados do Ministério da Saúde ignoram cor de 1/3 das mortes por COVID-19, que apesar disso mostram uma crescente proporção de mortes de negros em comparação com a de brancos. A subnotificação também releva o racismo estrutural do nosso país.
Em meio ao mês em que se completam 132 anos da abolição da escravidão, tivemos o prazer de receber Flávio Gomes, professor da UFRJ, para uma entrevista sobre esse tema.
Letícia ParksMarcello Pablito
Tal como eram os navios negreiros: está em andamento desde as 10h a reunião do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP) para decidir sobre o encarceramento em contêiners da enorme e negra população carcerária no Brasil. Mais uma medida desumana, racista, e que não corresponde com medidas de segurança sanitária.
Gabriella Novais
A Autoliv, empresa automobilística sediada em Taubaté (SP) foi condenada por uma caso de racismo ocorrido em sua fábrica após uma trabalhadora negra ser amarrada pelos pulsos ao seus supervisores e arrastada pelo galpão como "punição". Lutemos contra a patronal e a burguesia racista que carrega a herança escravocrata da sociedade brasileira que nos explora e nos humilha.
Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares, usou o aniversário da abolição para publicar textos insultando e mentindo sobre Zumbi dos Palmares, líder da maior resistência negra em nosso país e que nomeia a fundação que preside.
A elite brasileira racista herdeira das elites colônias do período da escravidão, precisa negar a força da luta dos negros que impuseram o fim da abolição, ocultam seu medo secular das revoltas e rebeliões negras no país, no site Fundação Cultural Palmares representar Zumbi com uma mitologia negra e a Princesa Isabel como a verdadeira salvadora dos negros prova que até os dias de hoje a elite brasileira é pressionada e exprimida pelos negros e os interesses das potências imperialistas. Zumbi dos (...)
Zasalamel Ferreira
Marcello Pablito
O dia 12 de maio, dia internacional da Enfermagem, mostrou que há pelo país focos de resistência que precisam ser potencializados. As trabalhadoras e trabalhadores de todo o sistema de saúde podem ser decisivos na defesa das vidas negras e trabalhadoras frente um Estado que calcula mortes e economiza em medidas sanitárias. No caso brasileiro, no dia de hoje – o 13 de maio da assinatura da Lei que dá fim à escravidão após séculos de luta negra – é preciso dizer que a manutenção do racismo somada à (...)
Letícia Parks
“Pelo pão e pela liberdade”, eis o lema da organização dos trabalhadores padeiros que forjavam cartas de alforria para os escravizados e juntamente com os cativos faziam paralisações para sua fuga. Neste 13 de maio, aniversário de uma abolição tardia e duramente arrancada, é preciso resgatar não só o protagonismo negro, mas também os exemplos de aliança da classe trabalhadora pela libertação dos (...)
Yuri Capadócia
a abolição da escravidão não ocorreu pela vontade dos senhores, mas pela força da rebeldia e da organização dos negros e negras escravizados. Depois de irrompida, pelo medo da “haitização” do Brasil, a dualidade senhor-escravo, como foi possível manter a dominação de uma frágil elite sobre uma massa de negros livres?
Flávia Telles
O “Haitianismo” foi um termo cunhado pela historiografia para se referir ao medo das elites registrados em relatos de viajantes, jornais, cartas, documentos do governo em relação à convergência dos interesses políticos entre negros escravizados e ex-escravos à revolução do Haiti. As elites tinham medo de que uma nova revolução como aquela que colocou fim à escravidão e levou à independência de uma colônia, pudesse surgir em outros territórios coloniais afetando o enriquecimento das metrópoles e dos (...)
Renato Shakur
Seria um grande erro supor que Abolição foi concedida pela Princesa Isabel em um grande gesto de bondade e caridade, uma mentira que a burguesia brasileira se orgulha em dizer. Uma tese que ignora por completo um fator decisivo que pressionou a monarquia durante anos pelo fim da escravidão, a luta de classes.
Com segunda edição publicada recentemente pelas edições ISKRA, o livro "A Revolução e o Negro" reúne textos do marxismo revolucionário sobre a questão negra publicados pela primeira vez em português. Nos 4 encontros de leitura do livro, os organizadores da edição debaterão com os presentes a relação entre capitalismo e racismo, uma perspectiva marxista para a questão negra, o lugar das mulheres negras na luta contra os regimes autoritários e por outra sociedade, e a batalha pela construção de uma luta (...)