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GENOCIDIO JUVENTUDE NEGRA | Mais um jovem negro assassinado pela polícia de Witzel em menos de 48h, em plena pandemia

quinta-feira 21 de maio de 2020 | Edição do dia

A polícia assassina do governador Wilson Witzel interrompeu mais um sonho de um jovem negro, já é o segundo em menos de 48h. Dessa vez o BOPE matou um jovem de 18 anos da Cidade de Deus (CDD), João Vitor estava na rua indo comprar pipa. Segundo relatos de moradores e de um grupo que distribuía cestas básicas no local por conta da pandemia do coronavírus, a polícia mais um vez entrou na favela atirando, colocando terror e deixou mais uma vítima.

Na terça feira amanhecemos com a triste notícia que acharam o corpo do jovem João Pedro 17 horas depois que um operação da polícia civil e a polícia federal em São Gonçalo, região metropolitana do Rio, onde os policiais entraram atirando e assassinaram João Pedro com um tiro de fuzil na barriga. No início da semana o mesmo BOPE fez uma operação do complexo do Alemão, zona norte do Rio e assassinou 13 pessoas. Segundo relata moradores, o BOPE entrou na favela no momento que um grupo chamado frente CDD que ajuda moradores com cestas básicas que além de alimentos contém EPI’s que são fundamentais justamente nas favelas cariocas que não tem, em muitos casos, o mínimo que é água para lavar as mãos. Um dos integrantes dessa frente, inclusive denunciou nas redes sociais que a polícia ameaçou os moradores dizendo “quem não quisesse ser baleado que saísse com a bíblia na mão”.

Nos últimos dias a polícia do Rio de Janeiro vem fazendo operações em favelas, por onde passa deixa um rastro de sangue de trabalhadores negros, Witzel é o responsável por essas mortes. Ele impulsionando uma política de repressão nas favelas, assassinado covardemente moradores, jovens e crianças e apesar de dizer hipocritamente que sente muito, na verdade se orgulha sempre que sua polícia mata um negro porque parte desde sua campanha eleitoral afirmava que iria colocar o povo negro e pobre das favelas sob a mira do fuzil. Ano passado cumpriu a risca suas promessas, a polícia no Rio assassinou mais de 1800 pessoas.

Agora vemos que a medida que se intensifica a crise do coronavírus e o colapso da saúde é iminente, entre os negros, por conta das condições precárias de moradia e por estarem em postos de trabalho onde são expostos ao vírus diariamente, o covid-19 é mais letal que entre os brancos. Não bastasse a crise no sistema de saúde que Witzel é responsável, assim como Crivella, começam a surgir denúncias de corrupção na secretaria da Saúde do estado do Rio. Nessas condições de extrema miséria e caos que os trabalhadores cariocas vivenciam hoje onde milhares de trabalhadores não receberam o auxílio emergencial e correm o risco de morrer de fome, Witzel retomou sua política racista de repressão na favelas.

Sua política aprofunda ainda mais o racismo estrutural que na pandemia, um mecanismo importante da burguesia brasileira para relegar aos trabalhadores as piores condições de trabalho e baixos salários. O assassinato desse jovem negro na CDD é parte desse projeto racista que encontra apoio no Bolsonaro e nos militares que desde a intervenção defenderam no Rio em 2018 e no assassinato covarde do músico negro, Evaldo deram mais provas que tanto como Witzel, também são inimigos dos negros e dos trabalhadores. Por isso, basta de nos matar. Exigimos justiça e nos solidarizamos com todos os familiares que perderam parentes e amigos vítimas da violência racista do estado.




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