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REFORMAS DE TEMER | Meirelles elogia reforma trabalhista e nos quer trabalhando até morrer ainda esse ano

O ministro golpista da Fazenda, Henrique Meirelles, defendeu mais uma vez na manhã de hoje, 30, que a reforma da Previdência seja aprovada ainda neste ano. "O próximo ano é eleitoral. É importante aprovar (a reforma da previdência) este ano. Vou mais longe, é muito importante que seja feita neste governo", afirmou ao programa "Por dentro do Governo", da TV NBR.

segunda-feira 30 de outubro de 2017 | Edição do dia

Foto: Lula Marques/AgênciaPT

Meirelles destacou que em ano eleitoral é difícil aprovar uma reforma como a da previdência. "A reforma tem de ser feita, ou outro governo terá de fazê-la ao assumir. Será o primeiro desafio do próximo governo, que terá que assumir fazendo a reforma da previdência.". Segundo ministro, é melhor para o país fazer a reforma agora e dar melhores condições para o próximo governo.

Meirelles e os empresários aliados de Temer mostram que tem pressa em aprovar ainda mais ataques aos trabalhadores, ainda mais agora que Temer acaba de ser novamente salvo das acusações de corrupção – não antes de liberar 12 bilhões em troca de votos.

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A cada nova oportunidade o ministro da Fazenda faz questão de frisar que pretende aprovar ainda esse ano a reforma que fará os trabalhadores trabalharem até morrer. Contraditoriamente à defesa de que é urgente aprovar as reformas que retiram direitos trabalhistas pois há uma crise e um déficit na previdência – já desmentido até por relatório do Senado – Meirelles repetiu ainda que o país saiu da recessão mais profunda da história e disse que isso deixa problemas, mas que a economia está voltando a crescer.

Para ele, a reforma da Previdência pode gerar empregos e é preciso aumentar a produtividade do país, reduzindo a burocracia para que, com a mesma quantidade de horas trabalhadas, se possa produzir mais e para que o trabalhador ganhe mais. Meirelles disse ainda que a Reforma Trabalhista prestes a entrar em vigor possibilitará a criação de 6 milhões de empregos no país. A realidade é que a reforma Trabalhista cria empregos nas condições mais precárias possíveis, como já denunciamos aqui no Esquerda Diário, onde mesmo antes a reforma trabalhista entrar em vigor, já há anúncios de emprego que propõe condições de trabalho totalmente precarizadas, com salário de R$180. Além disso, essa reforma cria condições para justamente o contrário defendido pelo ministro, pois ela permite que se trabalhe mais, sem receber mais por esse trabalho.

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Ainda segundo ele Meirelles, a reforma dará poder aos trabalhadores para negociar suas condições de trabalho. O que o ministro golpista, Temer e seus aliados não dizem é o que de fato significa a possibilidade de negociação de condições de trabalho entre patrão e trabalhador, principalmente quando há nas últimas semanas passos ofensivos de Temer no sentido de facilitar contratações em condições análogas à escravidão.

Temer e toda sua corja de ministros e empresários aliados seguem trabalhando para aprovar seus ataques e descarregar a crise nas costas dos trabalhadores. É urgente reverter esses ataques, e isso só será possível a partir da organização dos trabalhadores, impondo à burocracia sindical - que com sua traição na greve geral do dia 30 de junho facilitou a aprovação da reforma trabalhista - a partir da exigência desde a base de cada local de trabalho a construção de uma frente única operária contra os ataques.

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Com informações da Agência Estado.




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