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TRABALHO ESCRAVO | Temer assinala recuo na portaria de trabalho escravo, mas só após votação de sua denúncia

A portaria de Temer que modifica as regras de “combate” ao trabalho escravo gerou revolta nas redes sociais, sendo seu objetivo o de dificultar a fiscalização e punição de empregadores que cometem trabalho escravo. Agora o presidente cogita realizar “ajustes” após a votação da denúncia contra ele na Câmara dos Deputados.

sexta-feira 20 de outubro de 2017 | Edição do dia

Até mesmo a Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, conhecida pelas suas posições golpistas e apoio à Reforma Trabalhista, classificou a portaria como um ’retrocesso à garantia constitucional de proteção à dignidade da pessoa humana’ e pediu oficialmente dez dias para que o governo se pronuncie e revogue a medida em conversa com Temer.

Em meio ao risco da segunda denúncia contra o presidente golpista, este busca angariar apoio de qualquer forma e garantir sua manutenção, deu seguimento à esta portaria para agradar a bancada ruralista que já afirmou que seu apoio à Temer não está condicionado à esta portaria, e esta bancada é formada por 230 deputados e 24 senadores.

O presidente da Frente da Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Nilson Leitão (PSDB-MT), disse à reportagem que não sabia da possibilidade de o governo rever a portaria sobre o trabalho escravo. Ele defendeu a medida e disse que o ministério criou apenas um conceito sobre o trabalho escravo "para não deixar espaço para subjetividade".

Como se não bastasse a Reforma Trabalhista e da Previdência que nos quer fazer trabalhar até morrer e as condições mínimas de dignidade no trabalho que a antiga CLT mal tinha condições de cobrir, o trabalho escravo existente no país agora deve ser facilitado. As intenções de Temer e sua laia ruralista estão evidentes e a necessidade de tê-los como inimigos em defesa dos trabalhadores, povo pobre e setores oprimidos também.




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