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CORONAVÍRUS | Jovens fabricam máscaras que faltam nos hospitais com impressora 3D, em Rio Bonito, RJ

sexta-feira 3 de abril de 2020 | Edição do dia

Jovens da cidade de Rio Bonito, interior do estado do Rio De Janeiro, utilizaram suas redes sociais para compartilhar iniciativas que estão tomando frente a pandemia do coronavírus. Arthur Soares, de 27 anos, formado em desenho industrial de projeto e produto, e Arthur Monnerat, de 22, estudante de engenharia de Controle e Automação começaram a produzir em uma impressora 3D máscaras de acetato, conhecidas como escudo facial, um instrumento de proteção individual utilizada na proteção do vírus COVID-19.

A máscara produzida é fundamental para a proteção do profissional desaúde, pois faz uma barreira física que durante os procedimentos com os pacientes evita o contato direto com gotículas que podem estar contaminadas com o vírus e atingir esses profissionais, por exemplo.Trata-se de um produto não descartável, podendo ser higienizada e utilizada novamente.

As máscaras prontas já estão em uso no CTI do Hospital da cidade, a ideia é produzir o suficiente para suprir o município, incluindo Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e “após isso continuar a produção para os municípios próximos”, segundo o próprio Arthur Soares.

A finalidade de compartilhar nas redes sociais era para buscar matéria prima que havia acabado, já que até então Arthur havia impresso cerca de 20 máscaras com a ajuda da família. Agora com ajuda de doações, já há material suficiente para a produção de mais de 1000 máscaras. Por outro lado, essa iniciativa mostra como as redes sociais podem ser utilizadas para nos organizarmos a nosso favor, da população

Iniciativas como essa vem crescendo junto com o avanço da pandemia. Inclusive, já existem alunos de universidades públicas brasileiras que estão empenhados para produzir em laboratórios além de máscaras, álcool em gel. O que nos mostra que não é por falta de tecnologias que não há a produção desses itens em maior escala. Mas a serviço de quem essas tecnologias estão à disposição. Pois se é possível imprimir uma máscara a cada 2 horas em casa; pense o quanto uma fábrica não seria capaz de produzir se fosse para isso sua produção, voltada para proteção e cuidados da classe trabalhadora!?

A crise pela qual estamos passando, não teve início com coronavírus, ela é fruto da combinação de anos de políticas neoliberais: sucateamento da saúde pública, terceirização de serviços e cortes de pesquisas, que hoje somado ao COVID-19 se expressa da forma mais pesada para os trabalhadores. É essa política de interesses que faz com que continuemos a pagar uma conta que era a cargo dos próprios capitalistas que se expressam por meio dessas políticas.

Sabemos que iniciativas como essa tomada pelos Arthus são saídas individuais que embora não resolvem todo o problema, é um exemplo claro da solidariedade de que as pessoas tem com os afetados. É essa solidariedade que quando organizada pelos próprios trabalhadores só tem a trazer benefícios para o conjunto da classe trabalhadora.

Os jovens já conseguiram arrecadar material suficientes para produção no momento e recomendam às pessoas que querem ajudar, que busquem entrar em contato com estudantes e profissionais da área de engenharia e desenho industrial das faculdades mais próximas.




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