Segundo o Corpo de Bombeiros, 16.269 incêndios florestais foram registrados em Minas Gerais no período de janeiro a 22 de setembro
quarta-feira 30 de setembro de 2020 | Edição do dia
Incêndio avança no Parque Nacional Serra do Cipó, em Santana do Riacho, na região central de Minas Gerais, na manhã dessa quarta-feira (30).
O fogo se mantém desde segunda-feira (25), com focos nas proximidades da cidade Cardeal Mota e da rodovia MG-10.
Nessa manhã, uma parte da vegetação de Lagoa Santa, região metropolitana de Belo Horizonte, também estava sendo destruída pelo fogo.
Segundo o Corpo de Bombeiros, 16.269 incêndios florestais foram registrados em Minas Gerais no período de janeiro a 22 de setembro, com um aumento de 0,86% em comparação com o ano passado, quando houve 16.130 ocorrências.
O incêndios florestais aumentam no ano de 2020
No Pantanal, as queimadas continuam crescendo e consumindo o bioma. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou 16.201 focos de incêndio até o dia 23 de setembro de 2020, o maior valor acumulado no período desde que o órgão passou a monitorar a região, em 1998. O valor ultrapassa os 12.563 focos identificados em todo o ano de 2005, o recorde até então.
Na Amazônia houve um aumento de 34% no desmatamento, considerando os dados coletados de agosto de 2019 a julho de 2020 (espaço de tempo considerado pelo Inpe como ano referência) e os compararmos ao mesmo período anterior. Os dados são referentes ao Deter, programa do Inpe que detecta desmatamento em tempo quase real e dá bases para ações de fiscalização.
Os incêndios a nível nacional aumentam bruscamente durante a pandemia, mesmo período citado pelo ministro do meio ambiente, Ricardo Sales, durante a reunião ministerial do dia 22 de abril, como momento em que o foco da sociedade e da mídia está centrada no novo coronavírus e que, para ele, o Governo deveria aproveitar para mudar regras que podem ser questionadas na Justiça, e passar a "boiada", de acordo com vídeo divulgado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello.
O material integra o inquérito que investiga suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal, após denúncias do ex-ministro da Justiça Sergio Moro.