Francisco Maximiano, sócio-administrador e dono da Precisa Medicamentos, intermediária nas negociações da compra da vacina indiana Covaxin pelo governo Jair Bolsonaro, está neste momento sendo ouvido pela CPI da covid.
quinta-feira 19 de agosto de 2021 | Edição do dia
Foto: Jefferson Rudy - 19.ago.2021/Agência Senado
O empresário, também sócio da Global Gestão em Saúde, que, segundo o Ministério da Saúde, enganou o governo federal em um negócio de R$ 20 milhões feito em 2017 por medicamentos jamais entregues, respondeu com silêncio a maioria das perguntas feitas pela CPI no dia de hoje.
Silêncio este que é possibilitado pelo habeas corpus concedido pelo STF em Junho, que o permitia manter o silêncio em relação à perguntas que ele considere incriminatórias, estratégia que Maximiano tem usado para não responder a maioria das perguntas.
Em relação a pergunta sobre se houve articulação com o deputado Ricardo Barros (PP), líder do governo Bolsonaro, no que se refere à elaboração de uma emenda que permitiu que vacinas aceitas pelas autoridades sanitárias indianas pudessem obter a mesma autorização no Brasil, emenda apresentada pelo próprio deputado, o dono da Precisa respondeu negativamente, afirmando que por mais que conhecesse Barros, não houve negociação sobre a elaboração e apresentação da emenda.
Quando questionado se intercedeu ou solicitou que o presidente Jair Bolsonaro interferisse na negociação da Covaxin com o governo indiano, Maximiano também se utilizou do silêncio.
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