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Irracionalidade capitalista | Apagão em SP revela a verdade sobre a privatização, e Tarcísio quer fazer o mesmo com Metro e Sabesp

terça-feira 7 de novembro de 2023 | Edição do dia
Foto: Congresso em foco

As fortes chuvas, resultado da crise climática, revelam o que o capitalismo relega estruturalmente à população, com pelo menos 7 mortos pela tragédia anunciada, que deixou inicialmente ao menos 2,5 milhões de pessoas sem luz e sem acesso a direitos básicos há mais de 90 horas, como água e transporte. E comprovam como a privatização da Eletropaulo em 2018, privatizada em 2018 e que de lá para cá cortou 36% dos trabalhadores, faz com que a população continue sofrendo as consequências. É essa política que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) quer para o Metrô, a Sabesp e a CPTM.

Ao todo, as fortes chuvas deixaram ao menos 2,5 milhões de pessoas sem energia. Ao menos 84 escolas das 308 que aplicaram a prova do Enem no domingo ficaram sem luz. Nessa conta, professores denunciaram nas redes o impacto já na segunda, em que estudantes foram impedidos de ir às escolas.

A classe trabalhadora e o conjunto da população amargam o impacto ainda maior que a privatização e a irracionalidade capitalista gera quando acontecem fortes chuvas. A falta de energia já chegou a paralisar instalações e estações elevatórias da Sabesp, afetando o nível dos reservatórios e, consequente, o abastecimento de água em diversas regiões; seis linhas de trem e metrô já tiveram a operação prejudicada, como as linhas 5-Lilás de metrô, 9-Esmeralda, 10-Turquesa da CPTM, 11-Coral entre Guaianases e Estudantes, 8-Diamante e 12-Safira. Isso acontece por quedas de árvores e desabamento.

Como se não bastasse, o prefeito de SP, Ricardo Nunes (MDB), propõe que a população pague mais uma taxa para Enel poder passar os fios aterrados, escancarando que quer fazer não só que os recursos públicos paguem pela situação, mas os próprios bolsos da população, para que os lucros privados sejam mantidos.

A Enel é uma transnacional italiana, que tem como principal ramo a distribuição de energia, e comprou mais de 70% das ações da Eletropaulo em 2018. A empresa possui serviços em 35 países e já tinha concessões para distribuição de energia em alguns estados do Brasil: Goiás, Rio de Janeiro e Ceará. A compra das ações da Eletropaulo fez com que a Enel aumente ainda mais sua capacidade de gerar energia e seu lucro dentro do Brasil, se tornando a maior distribuidora do país. O valor pago para comprar as ações foi cerca de R$5.5 bi, e o faturamento da Enel em 2017 foi de 74 bilhões de euros. Ou seja, enquanto a Enel fatura bilhões em euros, trabalhadores, juventude e população amargam mortes, tragédia, falta de luz, água e transporte e é isso que o governador Tarcísio de Freitas quer trazer pra população com a privatização do metrô e da Sabesp.

Por isso é urgente se solidarizar com os metroviários, ferroviários e trabalhadores da Sabesp. É necessário construir uma greve geral contra as privatizações para defender a população de Tarcísio que quer privatizar tudo, batalhando pela reestatização da Enel sob gestão dos trabalhadores e controle dos usuários, porque não são os capitalistas donos da Enel e futuros donos do metrô e da Sabesp que vivem essa precarização e conhecem as necessidades, mas sim quem todo dia bota pra funcionar água, luz e transporte, e a população que utiliza esses direitos.




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