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REPRESSÃO POLICIAL | 4 acusações de agressão, nenhuma punição e 34 elogios: é a ficha do PM que atacou Matheus

Várias concecorações e nenhuma punição nos 4 casos de agressão pelos quais foi denunciado. Esse é o histórico de Augusto Sampaio de Oliveira Neto, Capitão da Polícia Militar que desferiu o golpe que colocou o estudante Matheus Ferreira da Silva na UTI em Goiânia, com traumatismo craniano.

terça-feira 2 de maio de 2017 | Edição do dia

A ficha do Capitão indica que foi denunciado por agressão em 4 casos diferentes, um deles envolvendo menores de idade. Obviamente, como é a regra em casos de violência policial, ele nunca foi punido. Pelo contrário: seu registro atesta que recebeu 34 menções elogiosas e várias condecorações.

Só sabemos esse absurdo porque a ficha do Capitão Augusto "vazou": segundo o Estadão, o porta-voz da Polícia Mitar, o tenente-coronel Ricardo Mendes, a ficha dos policiais é protegida por uma portaria que as classifica "de maneira reservada". Seus crimes são inacessíveis ao público.

Matheus segue na UTI em estado grave, com traumatismo craniano e diversas fraturas, causadas pelo golpe que quebrou um cassetete em seu rosto, como podemos ver nas imagens do episódio:

Tudo o que ocorreu ao Capitão até o momento (e isso porque a agressão foi filmada e divulgada em todo o país, gerando imensa revolta) foi seu afastamento das ruas e a restrição a serviços internos administrativos por 30 dias, enquanto durar o inquérito policial militar (IPM). Ou seja, ele é investigado e julgado pela própria polícia. A mesma que não o puniu nos outros quatro casos de agressão em que foi denunciado. O comandante geral da PM, coronel Divino Alves de Oliveira, afirmou que o afastamento é para "apurar a responsabilidade" do capitão e que a ação foi "incorreta". Esses são os termos que o comando da polícia usa quando uma tentativa de homicídio é filmada e vira um escândalo nacional. Porque, em seu cotidiano, os assassinatos, agressões, abusos e torturas não são nem classificados como "incorretos": são o modus operandi regular da polícia. A apuração jamais ocorre, apenas as "condecorações e elogios".

Exigimos justiça para Matheus! Pela prisão do Capitão que lhe agrediu e seu julgamento por juri popular! Basta de violência policial impune contra os que lutam por seus direitos!




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