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Palestina | Um retrato da Psicologia a serviço da burguesia

"Estava em um estado mental de emergência médica" diz porta-voz do Serviço Secreto dos EUA após soldado da Força Aérea morrer ao atear fogo em si mesmo, se recusando a ser cúmplice do genocídio em Gaza.

terça-feira 27 de fevereiro | Edição do dia

Aaron Bushnell, um soldado da Força Aérea dos Estados Unidos morreu após atear fogo em si mesmo em frente à embaixada israelense em Washington. Ele disse, logo antes do ato, não querer ser mais cúmplice do genocídio em Gaza.

Em resposta, os militares dos EUA tentaram retirar o caráter político desse ato extremo de protesto: o porta-voz do Serviço Secreto, Joe Routh, disse à Times Magazine que "o indivíduo provavelmente estava em um estado mental de emergência médica".

Essa é o retrato perfeito do papel que cumpre a psicologia e a psiquiatria quando estão à serviço da ordem capitalista: a patologização de qualquer reação humana à violência, à opressão e à exploração. Individualizam o sofrimento e responsabilizam o sujeito que não se enquadra nesse sistema irracional.

https://www.instagram.com/reel/C30YEH_ySAK/?igsh=d3B6em1xaWdxYXo2

Aaron não morreu por seu "estado mental de emergência médica". Ele morreu pela recusa em fazer parte da destruição que já vitimou quase 15 mil crianças.

A realidade da ocupação israelense não deixa nenhum palestino intocado pelos acontecimentos. Instituições de saúde reacionárias como a Associação Americana de Psiquiatria usam da retórica norte americana pra definir a resistência palestina como terrorismo, quando é preciso prestar um apoio incondicional à resistência palestina. Isso significa rejeitar qualquer classificação da resistência palestina, independente de suas direções, como terrorista. Política terrorista é a do Estado de Israel.

Está mais claro do que nunca de que se trata de um genocídio, que conta com o total apoio do imperialismo norte americano, como é evidenciado pelo ato de protesto Aaron e por Biden chamando a operação em Gaza de "nossa operação" por uma escorregada, assim como dos imperialismos europeus.

Uma psicologia que se propõe a ser neutra é uma psicologia submetida aos interesses da peçonheta classe burguesa que há décadas, através do Estado Sionista de Israel, internacionalmente patrocina um regime de apartheid na Palestina e que agora avança na limpeza étnica por todo o seu território.

Defendemos uma ciência psicológica à serviço da classe trabalhadora!
Como psicólogos e profissionais de saúde defendemos uma Palestina livre, operária e socialista!
É necessário enfrentar o sionismo, a extrema direita e o massacre contra o povo palestino.
Pela ruptura imediata de todas as relações entre Brasil e Israel!




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