Hoje pela manhã a Reitoria encaminhou a todos os funcionários da Creche Oeste uma ordem para que compareçam na segunda-feira, 23/01 às 08h00, término das férias dos funcionários, na Creche Central, impondo que os trabalhadores não possam retornar ao seu local de trabalho.
sexta-feira 20 de janeiro de 2017 | Edição do dia
No começo da semana os trabalhadores da USP, estudantes e pais de crianças atendidas pelas Creches foram surpreendidos com um ofício da Superintendência de Assistência Social - SAS impondo, por ordem da Reitoria, a transferência de todos os equipamentos, materiais e mobiliário da Creche Oeste para a Creche Central.
Frente a essa arbitrariedade em pleno período de férias escolares e dos próprios trabalhadores, pais, estudantes e funcionários protagonizaram um movimento de ocupação do espaço da Creche Oeste para evitar que a Reitoria transferisse sua estrutura e, com isso, eliminasse as dezenas de vagas que a Creche Oeste é capaz de comportar. O movimento tem como objetivo garantir a permanência do espaço físico da Creche Oeste com toda a sua estrutura interna para que possa receber plenamente no dia 30/01 as crianças que lá estão matriculadas.
Até o momento a Reitoria não se prontificou a receber os representantes do movimento, mas hoje pela manhã encaminhou a todos os funcionários da Creche Oeste uma ordem para que compareçam na segunda-feira, 23/01 às 08h00, término das férias dos funcionários, na Creche Central.
Ou seja, impossibilitada de desmontar fisicamente os bens materiais da Creche Oeste devido ao movimento de resistência de pais, estudantes e trabalhadores da USP, a Reitoria tenta assediar o seu bem humano para impor que os trabalhadores não possam retornar ao seu local de trabalho.
Essa transferência arbitrária e impositiva de dezenas de funcionários de seu local de trabalho é ilegal e atenta moralmente contra os trabalhadores que possuem anos de trabalho na Creche Oeste. O movimento de Ocupação Creche Aberta permanece aguardando que a Reitoria se manifeste quanto ao impasse criado pela gestão de Marco Antonio Zago e que receba uma comissão de pais, trabalhadores e do sindicato para negociar. Até o momento, a Reitoria da USP não tem se manifestado quando ao movimento de ocupação e o futuro da Creche Oeste.
