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UNESP ARARAQUARA | UNESP Araraquara: Seleção para bolsa-auxílio estudantil, mesmos números e antigos problemas

quarta-feira 6 de maio de 2015 | 00:01

É uma rotina consagrada dentro das universidades, em especial para estudante pobre, que todo começo ano aja uma busca por mil documentos para a disputa de uma bolsa ou vaga na moradia estudantil. No ano de 2015 na “Pátria Educadora”, do PT, os cortes ao seguro desemprego, com a MP 664,e os cortes de 7 bilhões da educação resultou em cortes de 30% das verbas das universidade federais afetando principalmente os salários dos trabalhadores terceirizados e as politicas de permanência estudantil, políticas estas, que visam possibilitar os estudantes universitários em sua graduação a terem condições materiais e subjetivas de realiza-la, para isso é necessário boas bibliotecas, restaurantes universitários, moradias estudantis, bolsas de auxilio sócio econômico, creches e acompanhamento psicológico.

No estado de São Paulo e no Paraná professores em luta são tratados com bala de borracha ou tem seus salários cortados. Na educação básica, foram 3900 classes fechadas e não reajuste salarial dos professores do Estado. Nas universidades estaduais tivemos cortes nos planos de carreira dos funcionários e docentes da UNESP, o Plano de demissão voluntária que fechou as creches na USP, filas nos restaurantes universitários na USP e UNICAMP. Na UNESP/Araraquara temos atrasos na obra do Restaurante universitário, o alagamento da moradia e as 17 expulsões, enquanto que na UNESP/São José do Rio Preto temos 20 expulsões da Moradia Estudantil, em contraste com o vestibular, de 2014, o maior numero de inscritos na historia da VUNESP.

Nesta última quinta feira, 29 de abril, em Araraquara, foi divulgado o resultado do processo seletivo das bolsas de auxilio socioeconômico para os matriculados de 2015 da faculdade de ciências e letras da UNESP de Araraquara, que contemplou 116 bolsas de Apoio Acadêmico e Extensão (BAAE 1), 36 bolsas alugueis e 82 vagas na moradia. Estes números não aumentaram em relação a 2014 e, referente a 2013, tivemos o corte de 30 bolsas de auxílio aluguel, segundo os anuários estatísticos da UNESP. Se ainda analisarmos dados mais amplos, vemos como é tímida esta política comparada a uma faculdade que tem 2650 alunos de graduação e 682 alunos na pós-graduação, sendo os últimos proibidos a terem acesso a politicas de permanência estudantil. Se ainda aplicarmos o índice geral de 13,45% de estudantes da graduação que tem uma renda familiar per capita inferior ou igual a $1243,00, segundo anuário estatístico da UNESP de 2014, seriam somente 356 pessoas que precisam das politicas de permanência e se cruzarmos que em 2015 entraram 35% de alunos cotistas vemos que a politica de permanência não atende a demanda.

Como é o processo seletivo?

A universidade e as direções para justificar os cortes nas políticas de permanência estudantil se utilizam de critérios subjetivos, tais como: desempenho acadêmico, preferencia para alunos ingressantes e renda mínima. Há todo um conjunto de casos de estudantes que nem participam do processo por saberem que não serão selecionados. Esta situação gera caos a vida de inúmeros estudantes que ano após ano correm o risco de suas graduações serem comprometidas pela a negativa do auxílio e falseando a real demanda por assistência estudantil. Demonstrando que não basta passar pelo filtro do vestibular como também a processos arbitrários de seleção de bolsas.

Em 2014, as mesmas reitorias que tentaram arrochar os salários dos trabalhadores das 3 estaduais também eram as direções que expulsaram 38 estudantes da moradia estudantil. Foram os trabalhadores e estudantes em conjunto enfrentaram a precarização da universidade com greve e ocupações, tendo exemplos de combatividade do SINTUSP. Em reação a isso, foi na unidade de Araraquara que ocorreram 17 expulsões.

Aonde a luta está indo?

Em conversa com Gustavo Anversa, militante da Juventude as Ruas e expulso, “ lutar por permanência estudantil é necessariamente uma luta mais ampla que questione a estrutura de poder universitária que possibilita inúmeras arbitrariedades, questionar o vestibular e o papel da educação básica. Vivemos na demagogia que nunca existe dinheiro nas universidades e por isso mesmo devemos lutar pela abertura do livro de contas da universidade. Devemos ainda seguir o exemplo das universidade federais que apontam para um movimento de greve forte este ano”

Vynicius Alavarce Campos, militante da Juventude as Ruas e expulso, comenta “ de um lado temos um governo que reajusta o orçamento do estado de São Paulo de 5,15% para educação e 14,80% para segurança pública somente demonstra que a prioridade não é a educação. Para conseguirmos uma política de permanência estudantil de fato, precisamos também lutar pela revogação das 17 expulsões. Por isso, convido a todos ao ato na frente da Reitoria no dia 7 de maio.”

Fontes: (https://ape.unesp.br/anuario/flip/index.html).




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