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GREVES | UFABC | É urgente o DCE convocar uma Assembleia para cercar de solidariedade a luta dos TAEs e todas as greves da educação

sexta-feira 22 de março | Edição do dia

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Na última semana, teve início a greve dos trabalhadores técnico-administrativos em 60 universidades federais em todo país, greve dos que lutam contra a defasagem salarial, a precarização das condições de ensino e contra o arrocho salarial do governo da Frente Ampla Lula-Alckmin.

Nos institutos federais já foi deflagrada greve que vai se iniciar a partir do dia 03 de abril. A educação básica colocou dez mil servidores municipais de São Paulo nas ruas nesta terça-feira (19) contra as medidas arbitrarias de Tarcisio a educação, a greve dos educadores municipais encontraram um grande eco na greve de educadores de Contagem (MG), Uberlândia (MG) e Salvador (BA).

Milhares de trabalhadores da educação no país todo começam a cruzar os braços para não seguir aceitando pagar as contas da crise econômica com seus salários rebaixados, o que também é consequência do ajuste fiscal de Haddad, ao passo que o governo traz um novo ataque de precarização inédita: o PL da Uberização.

Na UFABC, estamos cercados de precarização e terceirização desde a sua fundação, todos os serviços de permanência e essenciais são terceirizados (Limpeza, Fretado e Restaurantes Universitários) e a terceirização não significa apenas piores salarios e menos direitos, mas também segregação, humilhação e discriminação aos trabalhadores.

Vocês sabiam que os terceirizados pagam o valor de visitante para se alimentar no RU? Que as trabalhadoras do RU são PROIBIDAS de usar o fretado? Que aos sábados, os ônibus comuns sequer sobem a rua, obrigando com que na sua maioria mulheres negras tenham que subir sozinhas antes das 7 da manhã para chegar na universidade?

Pode te interessar: Assine aqui o Manifesto Contra a Precarização do Trabalho.

Os TAEs, com poucos funcionários e com defasagem salarial de 34% fazem tudo o que podem para garantir as nossas bolsas e o funcionamento da universidade pública e contra essa situação, votaram por greve para alcançar melhores condições de trabalho e direitos, mas a precarização se encontra em todos os níveis, os professores estão sobrecarregados com um grande número de convidados, contratados e visitantes, que leva a falta de oferta de disciplinas e turmas superlotadas.

Como se não bastasse agora a reitoria de Dácio impõe um novo ataque que é a terceirização dos intérpretes de libras que é parte da extinção do cargo feita por Bolsonaro em 2019 e segue mantida pelo governo Lula-Alckmin, que como se viu ontem na aprovação do Novo Ensino Médio, são partes de ataques econômicos do golpe institucional e do Bolsonarismo, que o governo mantém como continuidade e elabora suas próprias medidas como o Arcabouço e a PL da Uberização, garantindo precarização para os trabalhadores e estudantes.

Acontece que tudo isso é resultado dos cortes que começaram com a “Pátria educadora” de Dilma Rousseff em 2014, se aprofundaram com o golpista Michel Temer e Bolsonaro e seguem com Lula-Alckmin na educação, em um valor total estimado de R$ 8 bilhões, resultando em uma crise orçamentária histórica nas federais, por isso temos que lutar pela recomposição INTEGRAL do orçamento para educação imediatamente.

O arcabouço fiscal de Lula e Haddad obriga o reajuste zero dos servidores federais e isso encoraja e legítima que governos locais de extrema direita a rebaixar ainda mais o reajuste dos funcionalismos estaduais e municipais, por isso as lutas precisamos unificar nossas pautas e lutar juntos contra o arcabouço, o NEM e por salários dignos. Em contrapartida uma afronta a classe trabalhadora foi o aumento garantido para a Polícia Rodoviária Federal, que recebeu 48%.

O governo nos ataca, restringindo o orçamento com o Arcabouço Fiscal e mantendo uma série de leis do golpe de 2016 e do bolsonarismo, e a Reitoria administra esses ataques. Por isso, nós confiamos na única unidade que pode arrancar os nossos direitos, que é das greves em curso junto aos estudantes de forma independente dos governos e das reitorias.

Por isso batalhamos aqui na UFABC e nacionalmente para expandir a greve, conversando com os estudantes, exigindo e denunciando que é um absurdo que a União Nacional dos Estudantes não tenha até agora soltado sequer UM POST em apoio a greve dos TAEs, e mesmo os setores que se dizem Oposição, como é o Correnteza aqui na UFABC que dirige o DCE e os CAs BCT E das Licenciaturas, não esteja convocando uma Assembleia Geral para nos solidarizar com os TAEs, o que poderia ajudar os professores a se incorporar nesse movimento.

Nesta, quarta (20) foi aprovado o NEM um ataque brutal à educação básica, enquanto a UNE comemora os passos graduais de reforma, deixa passar que o momento para lutar contra esses ataques é AGORA!

É necessário um plano nacional de luta dos estudantes em unidade com os setores da educação em greve para lutar pela revogação do NEM, pelo fim da terceirização, efetivando os terceirizados sem concurso,abrindo novas vagas para professores e TAEs, garantir o aumento dos salários pela valorização de todos os educadores! É fundamental que os Centros Acadêmicos e Entidades Estudantis se organizem para estar a serviço de construir essa unidade para arrancar nossas demandas em aliança com os trabalhadores.




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