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EDUCAÇÃO SÃO GONÇALO | Secretaria de Educação de São Gonçalo impõe abertura de escolas sem adequações sanitárias

Secretaria de Educação de São Gonçalo impõe o retorno presencial das aulas, por fora da discussão com a comunidade escolar. A secretaria bolsonarista ainda distribui responsabilidade e culpa atribuindo à cada direção escolar a responsabilidade pela higienização e medidas sanitárias mesmo que faltam funcionários na maioria das escolas.

sábado 6 de março de 2021 | Edição do dia

Foto: Prefeitura de São Gonçalo - Divulgação/PMSG

A determinação de que as escolas retomem as aulas presenciais de maneira insegura é uma realidade em vários estados e cidades do país. No estado do Rio de Janeiro a prefeitura de São Gonçalo a mando de Capitão Nelson (PL), através da Secretaria de Educação, é uma das que está impondo o retorno às aulas presenciais no dia 8 de março. Trata-se de uma decisão feita totalmente por fora do debate com a comunidade escolar, que desrespeita e fere o direito dos trabalhadores em aderir à “Greve pela Vida”.

Como destaca uma trabalhadora da Educação de uma das escolas da cidade ao Esquerda Diário:

“No dia 24 de fevereiro foi publicada uma Portaria informando que deveríamos voltar no 1 de março para iniciar o retorno obrigatório presencial. Também fomos convocados a fazer o teste de Covid. Mas acho que isso é absolutamente arbitrário. A escola em que trabalho não têm condições estruturais de receber os alunos em segurança, assim como tantas outras. Um órgão fiscalizador já tinha ido e verificado que não é possível o funcionamento do lugar. Estas escolas não podem receber os alunos, professores e funcionários com os cuidados exigidos’. Não há segurança para o retorno”.

A referida Portaria prevê o retorno híbrido opcional para alunos/responsáveis que assim o desejarem. Para os que optarem pelo ensino presencial, o horário será reduzido e a entrada de alunos escalonada para evitar aglomerações. A higienização da escola, segundo o documento, será realizada diariamente sob responsabilidade da direção. Para os que conhecem a realidade de uma escola pública é sabido que em muitas escolas faltam funcionários. Responsabilizar a direção da unidade escolar por uma higienização sem pessoal para fazê-la, é incoerente e maldoso, é tentar encontrar um culpado e lavar as mãos da responsabilidade dos governantes em todos os níveis, incluindo o prefeito de São Gonçalo e sua secretaria de educação bolsonarista.

Muitos trabalhadores da Educação, professores e alunos estão passando por esta situação, tendo que arcar com os custos do retorno totalmente inseguro às aulas presenciais. Não há vacinas, testes, adequações das estruturas das escolas, e em diversas unidades escolares sequer há água, como denunciamos aqui.

Não contente em expor os professores e trabalhadores da Educação, a secretária de São Gonçalo, ainda usou suas contas nas redes sociais para sugerir que funcionários concursados “se escondem atrás dos concursos para não trabalhar”. Essa afirmação é uma demonstração do desprezo da secretária aos temores legítimos dos trabalhadores da Educação, e de vários outros setores, com o avanço da pandemia e as péssimas condições de trabalho, que se já eram precárias antes da crise atual agora podem custar vidas.

O Esquerda Diário defende a necessidade e legitimidade de organização dos professores e de todos os trabalhadores da Educação contra arbitrariedades como essa. Se você está sendo alvo de alguma situação deste tipo, e quer relatá-la, encaminhe para a gente seu relato anônimo, Entre em contato conosco pelo whatsapp (21) 97147 6500 ou pelo email: [email protected].




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