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AGENDA GOLPISTA | Renan Calheiros defende agenda de ataques no governo golpista de Temer

As declarações de Renan sobre a agenda do futuro governo golpista de Temer são expressões dos ataques que estão por vir e para os quais será necessário se preparar.

quarta-feira 11 de maio de 2016 | Edição do dia

Renan Calheiros, até poucos dias aliado de Dilma e do PT, em entrevista para a imprensa antes de iniciar a sessão de hoje no Senado que votará o afastamento de Dilma Roussef, deu uma entrevista, confira os principais trechos:

“É fundamental o legislativo cumprir o seu compromisso com o Brasil. Fazer as reformas, sobretudo as reformas políticas. Um dos problemas, e por isso estamos hoje aqui é que nós não fizemos algumas reformas estruturais, e principalmente a reforma política, com um modelo de financiamento de campanha eleitoral (...) e se não revisarmos a lei do impeachment que é de 1950, vamos ter ainda vários eventos semelhantes a esse na nossa história. Por exemplo, o afastamento a partir da admissibilidade significa na prática um pré-julgamento e é preciso compatibilizar todas as fases com o julgamento final (...) sou parlamentarista, e cada vez sou mais parlamentarista, sobretudo quando vejo no presidencialismo aquilo que é fator de estabilidade, a estabilidade do chefe de Estado, balançar”

Sobre essas posições de Renan Calheiros, Diana Assunção, diretora do Sintusp e dirigente do MRT declarou ao Esquerda Diário que: “Essas reformas estruturais que Renan Calheiros anuncia, como porta voz da burguesia e dos grandes meios de comunicação que são instrumentos dos poderosos, serão tentativas de duros ataques aos trabalhadores. Se os ataques que viemos sofrendo em meio ao ciclo de governos do PT não foram poucos, com milhões já sofrendo com o desemprego, o objetivo deles é descarregar ainda mais brutalmente a crise que eles geraram nas nossas costas, cortando orçamento dos programas sociais, da educação, saúde, piorando ainda mais as condições da aposentadoria, abrir o país para novas privatizações e outros ataques. Essa reforma política também será para tornar ainda mais anti-democrático o regime político, para impedir que a esquerda se fortalece e ganhe representatividade eleitoral. Precisamos nos preparar para resistir. Isso passa por não alimentar ilusões de que as direções até o dia de hoje governistas, como a CUT e a CTB, irão convocar grandes mobilizações. Eles somente irão se mover com uma forte pressão das bases, que só poderá ser efetiva a partir dos processos de luta em curso assumirem a dianteira desse processo. A onda de ocupações de escolas que já atinge RJ, SP, CE e RS, de greves nas universidades e que agora nas estaduais paulistas ganha impulso com a greve e ocupação da reitoria da Unicamp pelos estudantes. Assim como as greves de trabalhadores contra os ataques, são a base para criar um grande movimento nacional que possa resistir a essa ofensiva que virá no governo golpista de Temer.”




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