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ARGENTINA | Queimaduras químicas: este é o novo spray de pimenta usado pelas forças de Bullrich

quinta-feira 1º de fevereiro | Edição do dia

Franco “Paco” Capone, residente de Medicina Geral do Hospital Penna, foi um dos trabalhadores que atendeu os manifestantes no Posto de Saúde e, descreveu em sua rede social o tipo de lesões que trataram devido ao “novo” gás: “Por causa do spray de pimenta que usaram ontem: Saibam que nós que lidamos diariamente com a repressão sabemos que esse elemento que usaram ontem é novo, quase uma tortura. Ao entrar em contato com a pele, causa queimaduras químicas com fortes dores. Tivemos que encaminhar para o hospital vizinho”.

Quem sofreu contato com esse gás relata forte sensação de queimação e queimaduras na pele, até várias horas após recebê-lo. Até os próprios profissionais de saúde foram afetados ao lidar com a substância no cuidado das pessoas. Continua Paco Capone: “Atendemos mais de 150 pessoas no posto de saúde para repressão: jovens, mulheres, aposentados, professores, tivemos até que cuidar uns dos outros porque esse gás ao menor contato com a pele inicia uma lesão tipo queimação que não para mesmo com lidocaína (anestésico)”.

Professores, jovens, mulheres, aposentados foram atingidos pelo gás enquanto se manifestavam pacificamente. Também o deputado do PTS-Frente de Izquierda, Alejandro Vilca, recebeu uma poderosa carga no rosto ao tentar abordar as forças da Prefeitura Naval para deter a operação excessiva de Patricia Bullrich, da qual também participaram a Gendarmaria e a Polícia Federal.

Uma substância química deste tipo, que causa forte dor, não tem como objetivo persuadir, mas sim ferir diretamente quem se mobiliza. É totalmente ilegal e as forças de segurança devem responder sobre o que usaram e porquê. A repressão e as detenções arbitrárias tentam intimidar, mas não conseguem esconder a raiva daqueles que se mobilizam legitimamente contra a entrega do país às grandes empresas.

Os trabalhadores e estudantes de saúde que estão todos os dias na linha da frente apoiando os hospitais enquanto as condições pioram, chamam para enfrentar a repressão desde o Posto de Saúde, e para serem muitos mais num novo dia de mobilização a partir das 18 horas, em unidade desde as bases com as assembleias de bairro e outros setores dos trabalhadores, para barrar a lei geral e todo o pacote de medidas contra os trabalhadores.




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