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PALESTINA | Palestinos deflagram greve geral contra as políticas racistas de Netanyahu em Israel

Depois da demolição forçada de 11 residências palestinas na cidade de Qalansawe, na região central de Israel, líderes políticos que fazem parte do Bloco Árabe (coalizão parlamentar de partidos árabes de centro-direita, centro-esquerda e nacionalistas) fizeram um chamado a greve geral contra as medidas coloniais do Estado de Israel.

Artur LinsEstudante de História/UFRJ

quarta-feira 11 de janeiro de 2017 | Edição do dia

Escolas, servidores públicos e comerciantes de Qalansawe atenderam ao chamado e encerraram suas atividades durante essa quarta-feira (11) em protesto as demolições que ocorreram. Greves se espalharam também para outras cidades palestinas de Israel.

Representantes da coalizão parlamentar árabe, além de condenarem as remoções, declararam que as demolições são uma forma de desviar a atenção da opinião pública dos escândalos de corrupção envolvendo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e membros do seu governo.

A alegação das autoridades israelenses para a remoção das famílias palestinas que estavam morando naquelas residências é que elas não tinham obtido a permissão do governo para construir casas. Porém as famílias alegaram que as tentativas de obter a permissão para construir casa sempre é negada aos palestinos.

Veja abaixo galeria de fotos da greve:

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2016: um ano recorde de remoções de palestinos

Desde 2015, o governo racista e assassino de Netanyahu vem aumentando o número de remoções e demolições de residências palestinas, principalmente nos territórios ocupados de Jerusalém Oriental, onde vivem mais de 300.000 palestinos sob o controle militar repressivo das forças armadas israelenses.

No ano passado houve um aumento da violência entre palestinos e judeus israelenses, em que na maioria dos casos terminava com o assassinato de palestinos por parte da polícia. O governo de Netanyahu alegava que os palestinos, principalmente os jovens, eram “terroristas” e em troca incrementou uma política de punição coletiva nas comunidades palestinas, restringindo a circulação e bloqueando as principais entradas dos bairros árabes com força militar ostensiva, um verdadeiro estado de exceção.

Além da repressão militar, o governo racista de Netanyahu estimulou as demolições de casas palestinas como punição aos soldados israelenses que morriam nos ataques, enquanto as famílias palestinas nem direito a enterrarem seus mortos têm.

Desde a ocupação de Jerusalém Oriental em 1967 pelo exército israelense, os sucessivos governos de Israel usaram a velha política de demolições e remoções de famílias palestinas para controlar os territórios ocupados e em contrapartida aplicaram uma política de colonização das terras palestinas estimulando o assentamento de colonos judeus.

Para ter uma noção do nível de opressão que sofre o povo palestino, apenas 2% do total de pedidos de permissão para assentamentos palestinos são aceitos pelas autoridades israelenses, quando mais de 500.000 palestinos vivem hoje o desespero de não possuir mais um teto, o mínimo de dignidade para um trabalhador, que foi arrancada pelas autoridades e forças de repressão racistas do Estado de Israel.




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