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USP | Ocupação Fernão Dias vai à Universidade de São Paulo

Nesta terça-feira, a Chapa Por Isso Me Grito, que disputa as eleições do Centro Acadêmico de Estudos Linguísticos e Literários, no curso de Letras da USP, organizou duas rodas de conversa com quatro estudantes secundaristas que estão ocupando a EE Fernão Dias Paes. Localizada em Pinheiros, região central de São Paulo, a escola se tornou foco de toda a mídia e ponto de referência de uma onda de ocupações que já atinge mais de 60 escolas contra a Reorganização Escolar, que Alckmin e Herman tentam impor à comunidade escolar.

quarta-feira 18 de novembro de 2015 | 23:58

Os estudantes secundaristas protagonizaram uma verdadeira aula para os universitários, contando como organizaram cada ocupação, e como cada uma delas defende não apenas os efeitos que sua escola vai sofrer com a reorganização, mas todas as escolas do estado. A defesa da Educação, como direito elementar de um jovem, é uma bandeira de luta legítima, que tem recebido amplo apoio popular.

Os secundaristas denunciaram a repressão policial a mando do PSBD, usada desproporcionalmente contra jovens de 14 anos, para impor a vontade do governo. Assim como as entidades burocratizadas pelo petismo, como UMES, UBES e UPPES e também APEOESP, que aparelham o movimento e não o constroem. Ao longo do debate, deixaram claro que os jovens e estudantes precisam tomar o futuro em suas próprias mãos, e mudar o curso da história. "Alguns alunos passam no curso, outros passam na história. Nós estamos passando na história".

Para os membros da Chapa Por Isso Me Grito que organizaram a atividade, é fundamental que as universidades se incendeiem com a luta dos secundaristas, e não só a apoiem ativamente, mas siga seu exemplo e saiam em luta contra os ataques que a educação vem sofrendo tanto das mãos do governo do PT, como do PSDB. Para a Chapa, as entidades devem ser uma ferramenta para esses grandes objetivos, e apenas assim pode levar a frente cada demanda particular que enfrentam no curso, pois são pequenas expressões das grandes batalhas da juventude.

Para Flávia Toledo, estudante do 5º ano, "essa é mais uma demonstração prática de qual tradição de entidade queremos construir na Letras, que seja aliada aos processos de lutas, e que impulsione debates e organização no curso para os estudantes se fundirem a elas. Os secundas só vieram aqui, votados em assembleia, porque desde o primeiro ato estamos ao lado deles, e é assim que queremos que o CAELL seja visto pelos estudantes e trabalhadores em luta, como um aliado. Os secundas tiveram voz dentro da Universidade de São Paulo hoje, e deram uma aula."

Amanhã a Chapa Por Isso Me Grito vai organizar duas rodas de conversa, às 12h e às 18h em frente ao prédio da Letras, com trabalhadores do Bandejão e da Prefeitura do Campus, com os quais travaram duras batalhas recentes contra o desmonte da Universidade.




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