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REFERENDO NA GRÉCIA | O povo grego disse NÃO ao ajuste. Organizar agora a luta para derrotar a Troika

Com quase a totalidade dos votos apurados, o NÃO se impôs com 61% dos votos contra 29% do Sim no referendo na Grécia. A diferença de cerca de 20 pontos vai contra a maioria das previsões que apostavam num resultado eleitoral apertado. Segundo diversos meios de comunicação, o NÃO alcançou porcentagens mais altas nos bairros operários e na juventude.

domingo 5 de julho de 2015 | 21:30

Este resultado mostra o fracasso da campanha do campo do SIM, que buscou aterrorizar ao povo grego para que aceitasse o ajuste, e pagasse uma dívida que ultrapassa quase 180% do PIB do país.

Christian Castillo, pré candidato a governador pela Província de Buenos Aires pela lista Renovar e Fortalecer a Frente de Esquerda e dos Trabalhadores, afirma que “este é um pronunciamento categórico dos trabalhadores, dos jovens, dos aposentados e dos setores populares, que disseram NÃO aos brutais ajustes do FMI, do Banco Central Europeu e da União Européia, que em seis anos tem afundado o povo grego na miséria. São 27% de desempregados (mais de 60% são jovens) e condições de vida que lembram a crise da Argentina em 2001. É um NÃO à Merkel e à Europa do capital, que busca se salvar às custas da fome e do sofrimento do povo grego.”

Castillo acrescenta que “a vitória do NÃO pode dar novos ânimos para resistir às políticas de ajuste. O fundamental é usar esse pronunciamento político para organizar a luta nas ruas contra a Troika, porque esta não irá parar seus ditames imperialistas por conta de um resultado eleitoral.

Ao mesmo tempo, ele esclareceu que “o governo do Syriza, encabeçado pelo primeiro-ministro Alexis Tsipras, foi eleito com a promessa de não aplicar mais ajustes, mas nos últimos cinco meses tem traído esse mandato popular. Aceitando quase todas as imposições dos credores, aumentar o IVA, baixar as pensões e continuar o plano de privatizações. Agora, pretende usar o resultado do referendo como um voto de apoio à sua política de “ajuste negociado”. Para evitar que o governo utilize dessa maneira o pronunciamento da maioria do povo grego, é necessária a organização e mobilização operária e popular, para impor um verdadeiro NÃO à chantagem imperialista e ao ajuste.”

Por último, Castillo declarou que “este deve ser um primeiro passo para organizar a luta e a mobilização operária e popular, para impor um programa de emergência que inclua o NÃO pagamento da dívida externa, a nacionalização dos bancos, o estabelecimento dos níveis salariais e a nacionalização, sob o controle dos trabalhadores, das principais empresas. Estas são medidas elementares para pôr fim ao ajuste, e para que esta crise seja paga pelos capitalistas.”




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