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FRANÇA EXTREMA ESQUERDA | O NPA e as eleições presidenciais: por uma campanha anticapitalista e revolucionária

No marco da Conferência do Novo Partido Anticapitalista que decidirá a orientação para as próximas eleições presidenciais, reproduzimos a posição da Plataforma A que inclui o setor majoritário da esquerda do partido.

terça-feira 1º de março de 2016 | 01:32

No último congresso, mais de 60% dos camaradas do NPA apoiaram a moção A a respeito das eleições. Ao mesmo tempo que indicava a utilidade das discussões com outras organizações, incluindo o Front de Gauche, para buscar a unidade de ação contra a patronal e o Governo, a resolução sustentava a necessidade de um candidato anticapitalista nas eleições presidenciais em vista de que não há acordos possíveis para as eleições com o Front de Gauche e seus componentes. Esses "defendem uma alternativa institucional anti-neoliberal dentro do sistema capitalista". "Nesse momento, estamos nos preparando para apresentar uma candidatura anticapitalista e revolucionária para as eleições presidenciais de 2017".

Isso parecia ainda mais evidente após o fracasso do Syriza e após os membros do Front de Gauche votarem a favor do Estado de Emergência e da extensão da intervenção militar francesa na Síria.

E aí está o desafio de CN, reunir-se com uma orientação anticapitalista e revolucionária mobilizando todo o NPA para superar os obstáculos na apresentação da solicitação para apresentar-se a eleições.

Expressar a ira dos trabalhadores e a construção do "Todos Juntos"

Frente à violência do Governo contra nossa classe, exacerbada durante os últimos dias pelo anúncio do projeto de "Lei de Trabalho", a política de acompanhamento a essas políticas por parte dos líderes sindicais ou partidos da "esquerda" dão uma legitimidade adicional a nossas ideias e nossa responsabilidade nessa campanha: se trata de expressar o descontentamento e a ira dos trabalhadores e do povo para dar outra perspectiva aos que sofrem a repressão. Apesar das dificuldades da situação, o chamado de Mickael Wamen para ações unitárias ("Tous ensemble"), assim como a quantidade de assinantes da petição em apoio à Goodyear ou pelo rechaço à nova lei trabalhista mostram novas possibilidades. Nossa campanha deve sustentar essa orientação, sem vacilar. Devemos transmitir massivamente um discurso que insiste na necessidade de lutar e na frente única para opor-se aos ataques contra a nossa classe.

Não há resposta à emergência social, democrática e ecológica sem ruptura anticapitalista

É impossível abrir espaço para a contra-ofensiva necessária para reverter a relação de forças se se teme o confronto com o Governo e a patronal, se tememos a ruptura com as instituições da burguesia e a propriedade capitalista. É necessária uma delimitação fundamental com a chamada esquerda "reformista", seja política ou sindical. Muitos trabalhadores e ativistas hoje em dia se sentem confusos, mas nós seremos capazes de lutar juntos com mais fortaleza nessa nova etapa desde essa campanha. Como sustenta nossa plataforma: "Para responder à emergência social, democrática, ecológica, é necessário atacar radicalmente o poder da classe capitalista (...) A preparação de uma contra-ofensiva, um movimento geral, uma greve geral, capaz de impor as exigências da maioria depende que os assalariados possam tomar em suas mãos a resolução dessas questões (...) A única alternativa é um governo dos trabalhadores".




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