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SP em estado de alerta para temporais | Mais um verão com transtornos causados pela urbanização capitalista e precarização dos serviços públicos

Longe de ser responsabilidade das fortes chuvas, os transtornos e eventualmente tragédias que podem custar muitas vidas são responsabilidade da lógica capitalista.

terça-feira 9 de janeiro | Edição do dia

Foto: Alagamento no Terminal Bandeira (Reprodução/Arquivo pessoal)

A semana começou com fortes pancadas de chuva em diversas regiões da capital paulista e transtornos como alagamentos e regiões com queda de energia. A 25 de março, localizada na área da várzea do rio Tamanduateí, ficou completamente alagada, assim como o Terminal Bandeira, também localizado numa área de várzea, no caso, do Anhangabaú.

Longe de ser responsabilidade das fortes chuvas - afinal é público e notório que este é o clima típico do verão não só em São Paulo como em várias regiões do país (e que só tende a se agravar com o avanço das mudanças climáticas) - os transtornos e eventualmente tragédias que podem custar muitas vidas são responsabilidade da lógica capitalista da urbanização e atendimento precário às necessidades da população. A privatização da Eletrobrás e agora o ataque do governo Tarcísio com a privatização da SABESP são parte da lógica de que em primeiro lugar vem o lucro aos acionistas em detrimento da vida de milhões.

Veja também: Enel e a farsa das privatizações

Rios e córregos que foram tamponados e/ou “substituídos” por avenidas e áreas de ocupação desordenada e especulação imobiliária são parte da raíz do problema que ano após ano causa vítimas, desde as pessoas que perdem todos os pertences até as que perdem a vida diretamente. A Enel, empresa privada responsável pelos serviços de energia na capital que dobrou seus lucros enquanto reduziu 34% do seu quadro de funcionários, já deixou áreas inteiras sem energia por dias devido a precarização dos serviços para maximizar seus lucros.

O mesmo pode ocorrer com o avanço da privatização da SABESP que conta com a ajuda do governo Lula-Alckmim, onde serviços essenciais como o abastecimento de água e a necessária expansão do serviço de coleta de esgoto, estão na mira da precarização e privatização.

Esses pequenos exemplos indicam como não há como resolver os transtornos causados pelas mudanças climáticas sem o combate frontal ao capitalismo e a luta consciente por sua derrubada. Que os capitalistas paguem pela crise!




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