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RIO GRANDE DO SUL | Leite dispõe testes apenas para internados, impedindo identificação de assintomáticos

Declaração da secretaria de saúde afirma disponibilizar testes do coronavírus apenas para pacientes internados, impedindo com que haja uma identificação rápida dos infectados assintomáticos ou mesmo que apresentem sintomas leves. É preciso testes massivos para todos que precisarem.

segunda-feira 23 de março de 2020 | Edição do dia

Na contramão das indicações médicas, que orientam testar rapidamente sua população e garantir maior precisão no combate ao coronavírus, o governador do estado do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, restringiu ainda mais o uso dos testes para identificar pacientes infectados pelo COVID-19. Segundo a secretaria de saúde do estado, os testes estão reservados apenas para pacientes internados.

Uma das maneiras de combater a pandemia, é justamente indentificar o maior número de pessoas infectadas que circulam na sociedade, e isolar esse paciente e rastrear todos os que tiveram algum tipo de contato com esses indivíduos contaminados. Segundo dados, cerca de 80% dos infectados são assintomáticos, ou seja, não apresentam sintomas e estão espalhando o vírus. Eduardo Leite, assim como Marchezan, aposta na repressão e autoritarismo. Querem impor uma quarentena à força, fazendo com que pessoas que podem estar infectadas, transmitam para seus familiares em casa. A justificativa do governo é não haver testes suficientes para a maioria da população – um problema que esbarra na política criminosa do governo federal de Jair Bolsonaro que não vêm atuando para garantir testes massivos para todos que precisarem. É urgente a disponibilização de testes para todos que precisem, utilizando todos os recursos necessários para tanto, incluindo o não pagamento da dívida pública para girar a economia em função do combate ao vírus em todo o país.

Em meio à pandemia mundial, o Brasil e cada setor da sociedade dá aquilo que tem. Da classe dominante, temos aberrações como o áudio de Roberto Justus, que praticamente calcula como viável que morram "alguns" para que se salve a economia. Empresários demitem e choram seus lucros, enquanto famílias das vítimas já choram seus mortos.

Dos governos, sobra incompetência e repressão, medidas autoritárias e falta vontade de despejar todos os recursos disponíveis para salvar vidas. É da classe trabalhadora que surge a solidariedade e exemplos de que só ela, a classe operária, é capaz de lidar com situações que são de interesse coletivo, seja os que estão na linha de frente nos hospitais, sejam os trabalhadores dos transportes como ônibus, caminhões, seja na agricultura e na distribuição de alimentos.

É preciso estatizar a saúde do país inteiro. Colocar hospitais públicos e privados a disposição da população doente, sem qualquer tipo de restrição de acesso. Colocar as fábricas para produzir equipamentos médicos e alimentos a serem distribuídos nas camadas mais pobres da sociedade, e principalmente, a indústria farmacêutica deve servir pra suprir boa parte da demanda por testes que possam testar toda a sociedade gaúcha, e pelo Brasil inteiro.




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