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Palestina | Governo Lula nega residência humanitária a refugiados palestinos e mantém relações com o Estado genocida de Israel

O Governo federal decidiu por não fornecer residência e/ou visto humanitário aos palestinos que solicitaram, além daqueles que têm cidadania brasileira. A Palestina sofre com um dos maiores genocídios deste século, ocasionado pelo enclave imperialista que é o Estado de Israel.

terça-feira 6 de fevereiro | 15:22

Desde novembro diversos palestinos procuraram no Brasil um refúgio para o massacre que ocorre em Gaza. Ao mesmo tempo que o Brasil trouxe esforços para buscar os brasileiros que estavam nas zonas bombardeadas por Israel, não rompe relações com o Estado sionista, além de trazer uma resposta desestimulante para os palestinos refugiados, que perderam suas casas, sua vida e temem ainda por muitos familiares e conhecidos.

O Governo Lula, que chegou a debater o mérito por meio do Ministério das Relações Exteriores, não mudou sua posição de apenas aceitar os refugiados que têm origem brasileira. O pedido foi feito expressamente pelos refugiados, muitos que também tinham o desejo de levar suas famílias. As posições do governo foram debatidas no sentido de tomar cautela com a inclusão de mais refugiados após os recentes refúgios a afegãos e haitianos, mas mesmo após debates não houve uma alteração em sua posição. Na realidade, o governo brasileiro demonstrou um conservadorismo em relação a fornecer visto de residência humanitária aos palestinos, atravessados por uma ofensiva desconcertante e sem perspectiva de melhora, no marco de um real extermínio da sua população. Limitados pelos problemas oriundo dessas recentes ondas de refugiados, o governo Lula acaba por fechar as portas a vítimas de um grande genocídio em curso.

A resposta do governo brasileiro desaponta, mas não destoa da posição política do reconhecimento e da legitimidade que atribui ao Estado de Israel, em meio ao genocídio em curso em Gaza, não só torna-se necessário defender o cessar-fogo, mas uma grande oposição internacional ao sionismo e a burguesia israelense, buscando a ruptura de todas as relações entre Brasil e Israel.

A realidade da população palestina é desesperadora e revoltante. O número de mortos na Faixa de Gaza já chegou a mais de 26 mil, além de 65 mil feridos.Todos os 36 hospitais do território foram explodidos pelos mísseis de Israel. A situação é miserável e exige um apoio de muito maior escala internacional sobre o conflito. Segundo a BBC, existem mais de 6 milhões de refugiados palestinos pelo mundo, e por volta de 1,9 milhões se movimentaram após as últimas ofensivas militares de Israel à Faixa de Gaza.

É preciso uma forte mobilização internacional em apoio a Palestina. As mobilizações de dezenas milhares por todo o mundo, tomando as ruas dos Estados Unidos ao Iêmen, mostram como a classe trabalhadora internacional e os setores oprimidos se solidarizam com a causa palestina e são contrários ao genocídio em curso em Gaza, buscando o extermínio dessa população. Os Estados-nacionais imperialistas vão na contramão da classe trabalhadora e dos setores oprimidos uma vez mais para reforçar o militarismo israelense, buscando manter a influência da burguesia internacional sobre os territórios palestinos e a continuidade da ofensiva sionista. O Estado brasileiro não fornece toda a ajuda que seja possível e necessária aos palestinos, e não faz oposição política ao imperialismo e ao sionismo. Nesse marco, a realidade torna-se ainda mais contraditória: pois vemos o grande apoio internacional da Palestina nas ruas, mas que é ofuscada pelos Estados comprometidos historicamente e politicamente com o sionismo.

É preciso, portanto, mobilizar as ruas em apoio e solidariedade à Palestina, levantando o conteúdo de uma Palestina Livre e pela ruptura de todas as relações do Brasil com Israel, para assim pressionar o Estado Brasileiro e o governo Lula. Uma grande mobilização internacional significa lutar para o fim do imperialismo e pela autodeterminação do povo palestino. Pelo interrompimento imediato dessa ofensiva israelense a Gaza sem precedentes e que já dura 5 meses e pelo fim do extermínio da população palestina que dura mais de 75 anos, e que começou no momento em que Israel foi fundado e só será resolvido com o fim desse enclave imperialista.




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