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Extrema-direita | Empresa ligada a trabalho escravo financia bloqueios bolsonaristas

Vídeo mostra o suporte da empresa Usina São Luiz (USL) a atos bolsonaristas no interior de São Paulo. Empresa que é acusada de manter mais de 80 trabalhadores em situação análogo a escravidão

quinta-feira 3 de novembro de 2022 | Edição do dia

A empresa da cidade de Ourinhos, do interior de São Paulo, é uma das maiores criadoras de gados do país e é tem em sua cabeça João Luiz Quagliato Neto, que no começo dos anos 2000 foi denunciado pelo Ministério Público Federal por mater trabalhadores em situação análoga a escravidão.

O crime fora cometido contra 85 trabalhadores rurais que foram resgatados da fazendo de Quagliato em 15 de março de 2000. Destes trabalhadores muitos eram menores de idade e eram mantidos sem receberem seus pagamentos a meses, tendo restrições a suas liberdades de locomoção e submetidos a constantes vigilância pelos patrões em alojamentos em péssimas condições infraestruturais e com acesso escasso à alimentação. Estes trabalhadores, recebiam a proposta de receberem entre R$10 a R$12 por dia, onde assinavam um papel falso como contrato ao invés da carteira de trabalho.

O crime foi apenas denunciado após dois desses trabalhadores conseguirem fugir das instalações da empresa após serem espancados por seguranças por estarem doentes e não terem condições de trabalhar. A fuga destes trabalhadores foi possível apenas através da mata ao redor das instalações, o que durou dias de caminhada e acabou com a chegada dos trabalhadores ao posto da Polícia Rodoviária Federal de Marabá (SP).

Ainda, o grupo Quagliato também é réu em processo criminal de apropriação ilegal de terras públicas. O grupo foi responsável pela Ação de reintegração de posse contra 300 famílias de trabalhadores em Sapucaia, Sul de São Paulo, que foi realizada com violência pela polícia em área que não seria de posse do grupo, tirando a casa de diversas famílias apenas a favor de sua ganância.

Essas são as empresas que dão cara ao Bolsonarismo, que se declaram como inimigas dos trabalhadores e representam os setores mais reacionários dessa burguesia que quer lucro em troca de nossas vidas. Não podemos aceitar esses ataques, e nem manter ilusões que instituições como as polícias que já demonstram simpatia a esse grupelhos sejam a solução para acabar com esse setores, apenas a força dos trabalhadores pode demonstrar uma saída para varrer o bolsonarismo para a lata de lixo da história.

As centrais sindicais, CUT e CTB, dirigidas pelo PT e PCdoB, devem organizar a luta em cada local de trabalho, unificando trabalhadores com a juventude e os setores oprimidos para barrar essas ações reacionárias do bolsonarismo, para revogar todas as reformas. É esse o caminho, e não confiando no judiciário ou nas alianças com a direita, como faz Lula-Alckmin, que iremos derrotar a extrema direita. Frente aos bloqueios, os trabalhadores do estaleiro da BrasFels em Angra dos Reis, Rio de Janeiro, saindo famintos do fretado lotado após um dia inteiro de trabalho, desinterditaram trecho da Rio-Santos. É um exemplo de que será essa que irá derrotar o bolsonarismo, que seguirá atuando como força social mesmo fora do governo federal. Não é depositando confiança no Judiciário, que foi parte de abrir espaço para extrema-direita, e na polícia, cães de guarda da burguesia, como faz a CUT e as centrais sindicais, em busca de “saídas republicanas”, que o bolsonarismo será derrotado.

Basta dos bloqueios bolsonaristas e essa extrema-direita reacionária! Temos que varre-los para a lata de lixo da História, junto com o passado e presente escravagista burguês que é perpetuado no Brasil pelo capitalismo!




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