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Colapso na saúde | Emergências de Porto Alegre em colapso, fruto dos ataques de Leite e Melo

A crise de superlotação das emergências em Porto Alegre e região segue. Nessa última segunda-feira (08), o Hospital de Clínicas (HCPA) chegou a atender com 235,17% da capacidade. As unidades de pronto-atendimento (UPAs) do município também registraram superlotação, com o Pronto-atendimento da Bom Jesus chegando a absurda marca de 485,7% da capacidade de atendimento por volta das 17h30min.

terça-feira 9 de abril | Edição do dia

As filas superam quatro horas de espera, mesmo nas emergências. Somente casos com risco de morte estavam sendo atendidos. Semana passada essa triste marca de superlotação no Clínicas chegou a ser de três vezes o número de leitos.

Hospitais:

HCPA: 235,7%
Conceição: 117,6%
Instituto de Cardiologia: 192,8%
Santa Casa: 178,5%
São Lucas: 150%
Hospital Restinga: 216,6%
Hospital Vila Nova: 142,3%

UPAs:

Pronto-atendimento da Bom Jesus: 485,7%
Pronto-atendimento da Cruzeiro do Sul: 344,4%
Pronto-atendimento da Lomba do Pinheiro: 212,5%
Unidade de Pronto-Atendimento Moacyr Scliar: 229,41%

Uma situação dramática que atinge principalmente a grande parcela da população trabalhadora e pobre que mais depende da saúde pública. Também podemos afirmar que esse colpaso é resultado das políticas privatistas e de sucateamento da saúde pública e de toda a rede do SUS levada adiante por Sebastião Melo em Porto Alegre, Eduardo Leite no estado e também pelo arcabouço fiscal do governo Lula que aprofunda essa lógica de cortes e privatizações.

Recentemente, as e os trabalhadores do Hospital Padre Jeremias, em Cachoeirinha, travaram uma exemplar greve contra a tentativa de demissão em massa por parte da diretoria da Fundação Cardiologia e do governo Leite. Essa mesma crise atinge em cheio o hospital de Alvorada, e também os hospital de Canos, Viamão e Tramandaí, pelo menos. Trata-se de uma política privatista de entregar a administração dos hospitais públicos à instituições privadas que no momento em que não estiverem felizes com seus lucros encerrarão o contrato, demitindo trabalhadores e deixando a população sem acesso à saúde pública. Assim, o atendimento se concentra ainda mais na capital, levando ao colapso que estamos vivendo.

O programa Assistir de Eduardo Leite aprofunda essa lógica. Recebemos inúmeras denúncias de trabalhadores dos hospitais da região relatando que com essa política Leite reduziu ou não atualizou o repasse aos hospitais de acordo com a inflação, aprofundando a crise na saúde pública. Desse modo, sucateia o SUS e abre caminho para os grande empresários da saúde privada ampliarem suas redes e seus lucros.

Em Porto Alegre a lógica é semelhante. Melo entregou praticamente toda a administração das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), terceirizando 96% das unidades. Relatos dos trabalhadores mostram uma mudança nas metas, reduzindo a qualidade do atendimento e precarizando ainda mais a saúde pública.

Nós do Esquerda Diário, impulsionado pelo MRT, seguiremos denunciando essa política privatista que joga a população no adoecimento. Somente confiando em nossas próprias forças, como mostra o exemplo das trabalhadoras do Padre Jeremias, que podemos derrotar esses ataques e batalhar por um SUS 100% público sob controle dos trabalhadores e usuários.




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