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ELEIÇÕES 2018 | Com o segundo turno batendo a porta, Bolsonaro não quer que seus apoiadores discutam política

Em entrevista pela TV Aparecida na noite desta quinta-feira, o candidato reacionário Jair Bolsonaro afirmou que seus eleitores devem tentar ’’arranjar’’ mais algum voto até domingo, dia que acontecerá o segundo turno. Em suas palavras ’’Começou a discussão sobre política, vai embora. Não leva a lugar nenhum discutir política, futebol. Quando agridem um eleitor que é simpático a mim, o mundo cai na minha cabeça’’.

sexta-feira 26 de outubro de 2018 | Edição do dia

Imagem: Ícaro Malta

Desde quando Bolsonaro resolveu adotar como estratégia não comparecer aos debates, está claro que o candidato reacionário está fugindo da discussão política que mostre as suas contradições e desmascare quem ele realmente é. O candidato do PSL tem medo que parte dos seus eleitores, que hoje estão cegos pelo seu discurso reacionário, abram os olhos e percebam que suas medidas estão a serviço dos grandes empresários e banqueiros.

Jair Bolsonaro quer um regime tutelado pelos os militares e que seja endurecido contra os trabalhadores e demais setores populares da sociedade. Os grandes empresários do país e o imperialismo escolheram Bolsonaro para implementar as medidas que tanto almejam e para isso precisam de alguém que aprofunde os ataques que Temer já vem fazendo e que use a força contra a maioria da sociedade para que estes medidas sejam efetivadas.

É um absurdo que em um momento de conturbação política, Bolsonaro propõe para os seus eleitores que não debatam com os opositores da candidatura do reacionário. Na verdade, ele está criando uma bolha em seus eleitores, impedindo que estes escutem outras propostas e ideias, e que se abram para questionar seu discurso de ódio, seu plano de governo recheado de ataques aos direitos trabalhistas e sua corrupção. Além de criar um bloqueio no debate político, isso faz com que os eleitores do Bolsonaro fique ainda mais expostos às fake news.

Enquanto Bolsonaro incentiva os seus seguidores a não debatarem política, esta acontecendo uma perseguição generalizada nas universidades pelo Judiciário por realização de atividades política; sindicatos estão tendo o material que estão produzindo apreendido; parte dos seguidores de Bolsonaro estão realizando uma caçada contra aqueles que são contra o candidato; além de aumentar as perseguições contra os LGBT’s e uma série de casos de agressões e assassinatos em nome do candidato.

Apesar do pedido absurdo para evitarem discutir política, Bolsonaro fez demagogia pedindo para que estes ’’se mantenham mobilizados’’. Sem dizer que país diferente é esse que Bolsonaro quer, o candidato reacionário disse ’’Queremos um Brasil diferente do que foi destruído até o momento. Estou desarmado. Peço que não só repita seu voto, como arranje mais alguém’’.

O candidato reacionário defendeu ainda na entrevista maior repressão policial e redução da maioridade penal, dizendo: "O ser humano só respeita o que ele teme", propostas que vem no sentido de legitimar a violência que dizima a juventude negra das periferias do país.

Bolsonaro tem seu discurso legitimado por grupos neonazis e pela falsa esperança de uma “mudança radical”, que vem no sentido de atacar ainda mais o conjunto dos trabalhadores, usa de populismo, fake news e agora faz este cerco aos seus eleitores pelo mesmo motivo que não frequenta debates: quer esconder de seus eleitores o fato de que seu programa pretende seguir piorando a vida dos trabalhadores e pintar uma falsa imagem antissistema sendo que está comprometido até o pescoço com a continuidade dos ataques de Temer.




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