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Extrema-direita | Com locaute nacional fracassado, bolsonaristas reagem armados em bloqueio

Diante da vergonha do fracasso do chamado de locaute patronal nacional para hoje, depois de uma semana bloqueando rodovias, em atos em frente aos quartéis, sendo desmoralizados pelo povo pobre do Espírito Santo, pelas torcidas organizadas e pelos metalúrgicos estaleiros de Angra famintos, não deixaram de demonstrar seu reacionarismo

segunda-feira 7 de novembro de 2022 | Edição do dia

O bolsonarismo estava convocando para hoje um locaute patronal nacional, que comprovou-se tão fracassado que nem o Veio da Havan fechou as suas portas. Denominaram esse chamado de "greve geral", que nada tem a ver com os métodos de luta da classe trabalhadora pelos seus direitos e contra os ataques do governo, pois por trás demonstram os interesses reacionários dos patrões que não aceitam o resultado do segundo turno.

Diante de tal vergonha, depois de uma semana bloqueando rodovias, em atos em frente aos quartéis, sendo desmoralizados pelo povo pobre do Espírito Santo, pelas torcidas organizadas e pelos metalúrgicos estaleiros de Angra famintos, não deixaram de demonstrar seu reacionarismo.

Durante o dia de hoje ocorreram dois enfrentamentos entre a PRF e grupos de bolsonaristas armados, no cenário de que os bloqueios somam só 4 pontos, também junto com total fracasso do locaute nacional. Os bolsonaristas se enfrentaram a tiros com a PRF no Rio Grande do Sul e no Pará.

O enfrentamento mais explícito ocorreu em Novo Progresso, no sudoeste do Pará. Houve disparos de armas de fogo e uma criança sofreu intoxicação pelo uso de gás, lançado pela PRF contra o bloqueio. Bolsonaristas jogam pedras contra as viaturas, um dos bolsonaristas arremessa uma cadeira de plástico em direção à viatura da PRF. Diversos tiros são disparados.

Rechaçamos toda e qualquer ação reacionária do bolsonarismo e do conjunto extrema-direita, assim como as ameaças golpistas de Bolsonaro e seus apoiadores, como Roberto Jefferson e Carla Zambelli, que chegou a fugir para os EUA. Ao mesmo tempo, a PRF, que é tão reivindicada pela imprensa burguesa, como a Folha, o Estadão e o jornal O Globo, é mesma que na outra semana assassinou o jovem Lorenzo de 14 anos que trabalhava de entregador, roubando o lanche que o mesmo carregava e comendo por cima de seu corpo, que assassinou Genivaldo em uma câmara de gás improvisada na viatura, e que no dia do segundo turno fez operações (contando com o apoio do Exército no RJ) para impedir o povo de votar, especialmente nordestinos. A verdade é que é urgente o fim das operações policiais de qualquer tipo, o fim dos tribunais militares que garantem impunidade a assassinos e o fim de todas as polícias.

É a força da classe trabalhadora que pode derrotar o bolsonarismo e revogar todas as reformas, através de greves e manifestações, unificada com a juventude, os setores oprimidos e o povo pobre. Os exemplos iniciais de enfrentamento dos estaleiros, do Espírito Santo e das torcidas são o ponto de apoio para que as centrais sindicais, a começar pela CUT e CTB, dirigidas pelo PT e PCdoB, saiam do imobilismo em que se mantém e convoquem um plano de luta nacional, com assembleias em cada local de trabalho. Ao contrário da carta que lançaram pedindo "soluções republicanas", atuação da reacionária PRF. O caminho é pela luta dos trabalhadores, e não confiando no Judiciário, nas forças repressivas, que iremos derrotar a extrema direita, mas sim com medidas efetivas de luta, sem nenhuma confiança nas instituições e no STF. É necessário superar a política de conciliação de classes do PT, com organização de forma independente do governo eleito, que já anuncia no Governo de Transição, liderado pelo espancador de professor e privatista Geraldo Alckmin, firmando alianças com empresários e a "direita democrática" que quer manter cada ataque, como a reforma trabalhista.




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