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AMÉRICA LATINA | Capriles busca se fortalecer com os países latino-americano

Henrique Capriles iniciou uma turnê em busca de somar apoio internacional. Na segunda-feira visitou o Paraguai e surpreendeu pelo o encontro com o presidente argentino Macri. Qual objetivo busca fortalecer?

quarta-feira 15 de junho de 2016 | Edição do dia

Henqrique Capriles iniciou um turnê pelo Paraguai, Argentina e Brasil, em busca de somar apoio internacional na ofensiva que vem tendo no pedido de revocatória. Está segunda-feira, visitou o Paraguai onde se reuniu com o presidente Horácio Cartes, o maior aliado que encontrou na Mesa de Unidade Democrática ( MUD) na ativação da "carta democrática" da OEA.

A visita serviu muito bem para consolidar essa aliança. Sem o embargo do que tem sido muito chamativo as visitas a Argentina nesse mesmo dia para encontrar-se com Mauricio Macri, cujo governo teve uma posição em uma recente reunião do Conselho Permanente da OEA que não do agrado de setores mais duros como a MUD.

Na terça Capriles foi recebido pelo governo de Temer que se transformou em um novo aliado logo depois do golpe institucional a Dilma Rosseff. A turnê que realiza Capriles, principal referencia de Primeira Justiça, se da em um clima que atravessado por tensões tanto no interior da Venezuela, como nas relações exteriores do governo de Maduro, sobretudo com a OEA, como como se evidenciou na última reunião com os Estados Unidos.

Neste sentido, e levando em conta que nesta mesma segunda-feira teve inicio a 46 reunião anual da OEA na República Dominicana, e que se considera que terá como seu ponto mais alto novamente ao tratar se ativa ou não a Carta Democrática da Venezuela. A direita move mais suas fichas buscando uma pressão maior a favor do intervencionismo que encabeçando Luiz Almagro, e com respeito a do qual o governo argentino se moveu, mas em uma direção que foi considerada " dialoguista".

É preciso recordar que as alas mais conservadores da MUD, como a impulsiona o presidente da Assembleia Nacional,Henry Ramos Allud (AD), assim como também Leopoldo López de Voluntad Popular e María Corina Machado de Vente Venezuela, se puseram a gritar aos céus na ultima reunião da OEA, a delegação argentina ao invés de apoiar os apelos da Carta Democrática, leram uma proposta alternativa, que acabou sendo apoiada pelos 34 países membros e considerada como um triunfo do chavismo. Capriles não se somou ao coro de questionar o governo argentino por sua posição, pelo contrário, a sua maneira, tentou fazer com que essa votação da OEA também como um trinfo da MUD para não tencionar a relação com o governo de Macri e de outros países.

Nesse contexto Capriles chegou a Buenos Aires ao meio dia desta segunda-feira fazendo uma parada em Assunção.Do encontro na Argentina, que se manteve as portas fechadas, participaram o presidente Mauricio Macri, o chefe de gabinete Marcos Peña, o presidente da Câmara dos Deputados Emilio Monzó, e o secretario de assuntos estratégicos Fúlvio Pompeo.

Macri, que durante toda sua campanha eleitoral se manifestou a favor de implementar a carta democrática, mudou sua postura tomando uma posição "dialoguista", que é recuperada por Obama junto com o Papa Francisco. O presidente argentino em sua turnê politica chegou a declarar que " não acha que a Carta Democrática irá ’destravar’ a situação da Venezuela", ao mesmo tempo que a Argentina é um dos que firmaram junto ao Chile e Uruguai, do comunicado que celebra o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) para iniciar a validação das assinaturas e ativar o referendo revocatório do mandato de Nicólas Maduro. Muito se falou de uma suposta reunião discreta levada a cabo entre a chanceler argentina Susana Malcorra com também a chanceler venezuelana, Delcy Rodriguéz, em que supostamente se havia concretizado acordos sobre a próxima reunião da ONU, onde Malcorra, será candidata a Secretaria Geral deste organismo.

Dessa reunião transcendeu que para Capriles está " turnê relâmpago" não é um requerimento da posição conciliadora de Buenos Aires como o governo de Maduro. " Nós nos sentimos satisfeitos com a primeira na OEA porque é importante somente fazer o debate da situação", havia dito desde Assunção. Mas" pedimos para a próxima semana que debata os informes do [ secretario geral da OEA, Luis] Almagro respeitou os DDHH na Venezuela, a liberdade dos presos políticos e o respeito a constituição", segundo declarações resenhadas pelo diário El País.

Capriles busca um maior jogo de cintura, reposicionando-se dentro da própria MUD, já que tem sido o principal impulsionador da Revocatória, a difença de Rmos Allup ( AD) que propunha uma emenda constitucional para diminuir o governo do Maduro e dos setores mais duros ainda como o de Leopoldo Lopez e María Corina Machado que pretendiam forçar diretamente a saída de Maduro mediante ações nas ruas.
Em uma clara tentativa de aproximação que alguns analistas consideram por uma posição " dialoguista", além de não mesmo reacionária, Capriles tenta conseguir desta maneira apoio para concretizar o referendo revocatório.

Por isso em declarações nesta segunda-feira assegurou que " viemos pedir que Mercosul e Unasur sejam firmes que a Venezuela tem que respeitar a constituição. maduro pretende bloquear a solução constitucional e é importante que a região o saiba. Não estamos buscando nenhuma interferência nem que nenhum país se meta, mas sabemos que Maduro busca as instancias internacionais para gastar tempo". Como vemos, um tom um tanto distinto do setor mais duro da MUD, e não é casual que esta viagem tenha sido realizada sem nenhum dos outros componentes da aliança direitista.

As declarações de Capriles não fazem mais do que confirmarem que esta disposto a todo tipo de manobras para conseguir a revocatória, reacomodar-se dentro da linha que aponta o governo argentino, já que figura como um dos principais a presidência uma vez que está se intervenha. Mas Caprilles busca unificar-se com a ala centro da MUD como um caminha para chegar ao governo, e ocultar seus planos reacionários e pró-imperialista se consegue se objetivo de governar.

É por isso que todo tipo de argumentos " constitucionais" e de "respeito as leis" que enaltecem desde o chavismo e a MUD na atual confrontação politica, estão muito longe de beneficiar o povo, muito ao contrário apontam a urgência de descarregar ainda mais a crise sobre as costas dos trabalhadores e de todo o povo venezuelano, como já o fez Maduro e para o que se preparam também os direitistas.




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