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BNDES | CPI do BNDES planeja convocar Lula a prestar depoimento

Um acordo entre deputados petistas e da oposição deixou para o final da CPI do BNDES a apreciação sobre requerimentos que convocam o ex-presidente Lula, o filho dele, Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, e outros políticos, como o ex-ministro do Desenvolvimento e atual governador de Minas, Fernando Pimentel (PT).

terça-feira 25 de agosto de 2015 | 22:56

"[O acordo] Envolveu discussão, apreciação de um organograma, definição de um rumo. Nós precisávamos moldar a CPI, e ela foi moldada hoje", disse o presidente da comissão, Marcos Rotta (PMDB-AM).

A reunião que votaria requerimentos de convocações, marcada para esta terça-feira (25), foi cancelada pela manhã. Na pauta estavam 121 requerimentos para serem apreciados, incluindo os que pediam a convocação de Lula, de outros políticos ligados ao governo petista e de empresários, como Eike Batista.

No lugar da reunião deliberativa, os deputados encontraram-se a portas fechadas para costurar o acordo.

Os membros da CPI negaram ter beneficiado políticos. "Ninguém foi poupado, porque não deliberamos sobre essa questão [de convocar políticos] ainda", afirmou o presidente da CPI.

"Nós não abriremos mão de ouvi-los [Lula, Lulinha e outros políticos], e é até melhor que seja após analisarmos os documentos que o banco enviará. Mas também nada impede que, surgindo novos indícios antes, a gente antecipe essas convocações", disse Betinho Gomes (PSDB-PE).

A CPI, instalada no início deste mês na Câmara, tem o objetivo de investigar contratos considerados suspeitos assinados pelo banco de 2003 a 2015, nos governos do PT.

A comissão é dominada pela oposição e por aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que rompeu com o governo.

Nas última semanas, a campanha pelo impeachment de Dilma veio se enfraquecendo em favor da defesa da "governabilidade para os ajustes", por parte de um amplo arco de atores políticos e econômicos da burguesia.

A mensagem de "unidade" do vice-presidente Michel Temer ganhou o apoio das principais federações patronais, FIESP e FIRJAN, além do Bradesco, o que foi culminado pelo lançamento da chamada Agenda Brasil pelo presidente do Senado, Renan Calheiros do PMDB, que isolou relativamente o principal porta-voz da tese do impeachment, Eduardo Cunha.

Em vista deste acordo nacional pela estabilidade e pelo ajuste, a oposição do PSDB (que não está unificada pela tese da saída de Dilma) e o presidente da Câmara Eduardo Cunha provavelmente concentrarão fogo em desgastar a figura de Lula para 2018, continuando a "sangria" do PT com as denúncias da Lava Jato.




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