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GOVERNO BOLSONARO | Bolsonaro teme que Brasil vire Chile e já articula possível utilização de forças militares

Buscando se antecipar a mobilizações similares a chilena, Bolsonaro pede monitoramento das forças armadas e articula possível utilização do artigo 142 que prevê intervenção militar constitucional. Junto ao ministro da Defesa, Fernando Azevedo, Bolsonaro diz estar se preparando para evitar uma possível rebelião social, como as que ocorrem em outros países da América do Sul.

quarta-feira 23 de outubro de 2019 | Edição do dia

Recentemente o Esquerda Diário analisou a existência deste artigo, assim como a história de sua inclusão, na Constituição Federal de 1988. O artigo representa um mecanismo autoritário que prevê o golpe militar e é utilizado com frequência como repressão e ameaça a população pobre e trabalhadores. Sua inclusão foi imposta pela cúpula militar durante a constituinte que, longe de ser soberana, foi tutelada pelos próprios militares. O artigo, incluído através de manobras golpistas, preservou os privilégios dos militares, garantiu a impunidade dos torturadores, e, fundamentalmente, criou um mecanismo para acionar as últimas e principais armas da burguesia para defender seu sistema de exploração: tanques e fuzis.

Desde o golpe institucional setores das Forças Armadas, General Heleno, o atual vice-presidente Mourão e o próprio Bolsonaro vêm anunciando interpretações amplas deste artigo. Agora, que os protesto de massas evidenciam que o giro a direita dos governos no continente é frágeis, os apologistas da ditadura se preparam estudando e articulando possível utilização do artigo.

O general Augusto Heleno afirmou preocupado que as mobilizações possam resultar no enfraquecimento da direita na América do Sul. Não suficiente, fez coro com o discurso persecutório e de criminalização alardeado por Bolsonaro acusando a “esquerda radical” de estar “por traz” dos protestos. Bolsonaro, por sua vez, acusou uma suposta ação oculta do Foro de São Paulo. As declarações dadas pelos membros do governo foram feitas durante a viagem da comitiva do governo para o Japão.

O medo de Bolsonaro e companhia expressa que seu discurso inflamado contra a esquerda tem como principal alvo, não os governos passados e seus representantes que continuam tentando se mostrarem uteis a burguesia, mas uma resposta contundente das massas contra a retiradas de seus direitos e as ameaças golpista. Bolsonaro e os seus se preparam para situações de maior efervescência social, nós também devemos nos preparar. Façamos como os chilenos e decidamos nosso futuro nas ruas!




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