Nessa sexta feira (03/02) ocorreu em Lajedo uma roda de conversa com o tema “o SUAS respeita as identidades trans e travestis” fazendo alusão ao dia da visibilidade trans. O que foi o suficiente para fazer conservadores perderem a cabeça, no podcast de extrema direita, Entrando em Choque, um bolsonarista e pró Israel e monarquista afirmou que a pauta era irrelevante e que “a prefeitura tem mais coisa pra se preocupar” além de ir no post da prefeitura com mais ataques transfóbicos colocando a causa como irrelevante e comparando a situação de pessoas trans no Brasil a situação de um palmeirense.
terça-feira 6 de fevereiro | 16:06
A partir desses ataques transfóbicos pessoas LGBT independentes uniram forças para denunciar o absurdo e realizarão nessa quarta feira (07/02) uma manifestação pedindo respeito a comunidade trans e o fim da homofobia.
O Bolsonaro junto com seus ministros durante seu governo constantemente atacou a população LGBT, discursos homofóbicos e transfóbicos como “menino veste azul e menina veste rosa” estavam presentes. Não é de se assustar que pessoas de extrema direita tenham esse discurso, mas é preocupante que ele se espalhe e ainda esteja presente, um discurso que fere pessoas queer em sua identidade e leva ao aumento de crimes de ódio contra essas pessoas.
O Brasil ainda é o país que mais mata pessoas trans no mundo, e os direitos de pessoas trans é constantemente atacado como o novo RG transfóbico aprovado pelo governo Lula- Alkimin, atacar políticas públicas que visam trazer o mínimo de direito às pessoas trans e travestis é negar a essas pessoas uma vida digna. Segundo o próprio governo a expectativa de vida de uma pessoa trans é de apenas 29,5 anos, a baixa expectativa de vida é resultado de uma sociedade que exclui e não dá dignidade a essas pessoas e de um estado que não garante o mínimo a elas.
Muitas pessoas trans saem de casa cedo e vão parar na prostituição por falas como essas, o autor dos comentários transfóbicos pergunta claramente “você que é pai, mãe de família quer ver seu filho aprendendo esse tipo de coisa aqui?” colocando a transsexualidade como algo antinatural e incentivando pais e mães de pessoas trans a não aceitarem a identidade de seus filhos e filhas trans ou não bináries. É absurdo que pessoas como essas tenham o alcance e visibilidade que tem, usando toda sua influência para atacar pessoas queer que já vem historicamente tendo seu espaço negado.
Em um vídeo de retratação o autor dos ataques transfóbicos afirma que não foi homofóbico e ameaça as pessoas que se manifestaram contra a transfobia de processos judiciais. Em uma sociedade transfóbica as pessoas afetadas estão sendo coagidas a ficarem caladas diante das falas absurdas que ferem a existência delas. A população LGBT de Lajedo não ficará calada diante da transfobia e irá enfrentar falas como essas.
Não a transfobia!
Contra os ataques da extrema direita!
