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Ultradireita | 5 fatos sobre o falso padre Kelmon e seu posto de auxiliar bolsonarista

Veja quem realmente é Kelmon, candidato à presidência pelo PTB e seu papel auxiliando a candidatura de Bolsonaro.

sexta-feira 30 de setembro de 2022 | Edição do dia

1 - Padre Kelmon, como se intitula, era vice e foi promovido à cabeça de chapa após Roberto Jefferson, liderança do PTB e candidato original, ter sido vetado pela Justiça Eleitoral devido à condenação no escândalo do mensalão. O plano de governo apresentado por Kelmon ao TSE é o de Jefferson. Não era de se esperar menos do vice de uma figura extremamente corrupta e bolsonarista como Roberto Jefferson, que foi um dos alicerces do escândalo de compras de votos, conhecido como mensalão em 2005, quando ficou famoso por ter jogado tudo no ventilador. O ultra reacionário Jefferson é figurinha carimbada de Brasília, já apoiou FHC, Lula e Temer, foi condenado a 7 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, foi perdoado por indulto presidencial pela Dilma em 2015 e, pasmem, quem o soltou na época foi o ministro do STF, Luís Roberto Barroso, desafeto de Jair Bolsonaro. Devemos lembrar da atuação do PTB junto a Paulo Guedes, avalizando as privatizações que o congresso aprovou, bem como todas as as reformas neoliberais e o conjunto dos ataques contra os trabalhadores e a população mais pobre do país que Bolsonaro tanto quer. Esse é o projeto político que o Falso Padre Kelmon representa.

2- Se intitula padre, mas a informações públicas que questionam tal posto e afirmam não ser oficialmente reconhecido pela união das igrejas da comunhão ortodoxa no Brasil. Apesar de não atuar em nenhuma igreja ortodoxa no país, Kelmon fundou e coordena o Movimento Cristão Conservador Latino-Americano. Entre 2020 e 2021, o religioso recebeu 15 parcelas do auxílio emergencial, totalizando R$ 5.100, segundo o portal da transparência. Hoje, em seu canal no Instagram, Kelmon pede doações para sua igreja informando chaves de Pix como o seu email ou CPF. As contas bancárias pertencem ao padre.
3 - No PTB desde dezembro de 2020, Kelmon já foi filiado ao PT e, hoje, se diz arrependido por este ato praticado em sua juventude. Nas redes sociais, hoje Kelmon exalta políticos como Bolsonaro, Jefferson e Daniel Silveira (PTB-RJ). Após romper com o PT em 2010, o Falso Padre teve apreendido pela Polícia Federal sob determinação do STF, dois milhões de panfletos com "fake news" que ligavam a então candidata Dilma Rousseff (PT) à defesa do aborto e a posições contrárias à Igreja.

4 - Entre as pautas defendidas por Kelmon, está a criminalização do que ele chama de "cristofobia". Em 2020, moradores da comunidade quilombola de Bananeiras, na Ilha de Maré, em Salvador, acusaram-no por ocupação irregular na região do manguezal Ponta do Capim, uma área de preservação permanente destinada a pesca, lazer e confraternização da população quilombola. Na época, moradores alegaram que Kelmon teria erguido ilegalmente uma capela improvisada, protótipo de uma igreja batizada como Paróquia de São Lázaro de Betânia. Seguindo sua referência racista e colonizadora da catequização indígena expressa no debate da Globo, Kelmo ergueu a capela em território quilombola anunciando em seu Instagram: "Vamos transformar a Ilha da Maré". O caso foi denunciado junto à Defensoria Pública da Bahia. Alguns residentes da região disseram às autoridades que foram ameaçados verbalmente por Kelmon, que teria se apresentado como um "representante da Igreja Católica".

5 - Em março, Kelmon escreveu um poema dedicado a Bolsonaro. O candidato publicou o texto no Instagram, no dia do aniversário do atual presidente. Desde 2018, Padre Kelmon segue os passos de Jair Bolsonaro. Sempre que pode, faz questão de demonstrar apoio ao atual presidente e candidato à reeleição. Em 1º de maio deste ano, ele esteve num ato pró-governo, em São Paulo, levantando cartazes com dizeres golpistas contra o Supremo Tribunal Federal (STF). Não atoa Kelmon atuou no debate cobrindo o Bolsonaro pela direita, neste momento onde Bolsonaro encontra-se com suas intenções golpistas apaziguado pelo regime, como demonstrou no último 07/09, O Falso Padre se coloca diretamente atuando para uma base dura do bolsonarismo reacionários, despejando todo discurso de extrema-direita: é contra o aborto, dissemina ódio aos lgbts, negros, mulheres, indígenas, discursa contra o estado, STF, esquerda e os comunistas. Acaba ativando toda essa nojenta base bolsonarista, preservando a figura do Bolsonaro nos temas que impactam o setor religioso que a campanha bolsonarista tenta atingir na sociedade, especialmente os evangélicos.

O Falso Padre é mais um dos elementos desse espetáculo asqueroso e reacionário da extrema direita e acordo por privatizações e reformas, enquanto Lula segue em seu compromisso com os patrões por não revogar nenhuma delas. Nosso caminho só pode ser unir os trabalhadores contra Bolsonaro e as reformas sem a direita!




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