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Congresso Metroviários | Tese Conjuntura Nacional/Internacional: Para enfrentar os ataques e a extrema direita: basta de conciliação, fortalecer a luta unificada e independente de nossa classe!

Confira aqui a tese do Movimento Nossa Classe e metroviários independentes para o 14º Congresso da categoria sobre o tema de Conjuntura Nacional/Internacional. O Congresso ocorrerá nos dias 11, 12, 13 e 14 de abril de 2024 na área de lazer do Sindicato.

terça-feira 9 de abril | Edição do dia

Desde 2008 o mundo passa por uma profunda crise capitalista com o colapso
financeiro de potências, aprofundado pela pandemia e marcado por guerras como a
da Ucrânia, voltando a gerar revoltas em vários países. Nosso Congresso tem o
desafio de refletir como os sindicatos, nas mãos dos trabalhadores, podem ser
instrumentos de luta contra a exploração e opressão desta sociedade e fazer com
que a crise não seja despejada nas costas de nossa classe. 

Com a crise do neoliberalismo, a globalização, símbolo da dominação dos EUA,
sofre um questionamento de potências onde se restaurou o capitalismo após anos
de burocratização stalinista, como a China e a Rússia. Como consequência destas
crises, acentuam-se traços autoritários das democracias neoliberais com o avanço
da extrema direita, com o exemplo mais recente de Milei na Argentina e
possibilidade de reeleição de Trump nos EUA.

Se a dominação política da burguesia está abalada, ainda é ausente uma resposta
da classe trabalhadora. As alternativas da esquerda neorreformista como tentativa
de dar uma saída à crise, optaram pela conciliação e fracassaram. A repetição
dessa política pavimenta o caminho da extrema direita e o seu fortalecimento nos
regimes políticos. 

O Brasil é exemplo disso. Se no último Congresso alertávamos a necessidade de
uma frente única operária baseada nas lutas para derrotar o bolsonarismo com
independência de classe, a eleição do governo Lula-Alckmin representou
exatamente o oposto. Uma frente ampla, liderada pelo PT, com setores da burguesia
para manter a agenda do capital financeiro privatista. 

As principais centrais sindicais CUT/CTB-FS-UGT sustentam essa política, isolando
e contendo as lutas. Fazem notas de apoio ao BNDES (principal financiador das
privatizações), e se silenciaram em todas as greves realizadas em SP ano passado.

O silêncio também de Boulos nas greves, expressa como o PSOL em SP busca uma
nova frente ampla nas eleições municipais, que como diz o próprio Boulos, “se
bobear Lula trará até Tarcísio para essa frente ampla”. Com a vice Marta Suplicy,
golpista de 2016, apoiadora das reformas trabalhistas e da previdência, se
escancara a inviabilidade da conciliação de classes em combater o bolsonarismo e
ataques. 

Diante disso, propomos:

  •  Que se reafirme a independência política do Sindicato em relação aos governos e
    patrões. Combater a extrema direita com os métodos de luta da classe trabalhadora
    em aliança com os setores mais oprimidos. Devemos seguir o exemplo das greves
    dos trabalhadores na Argentina contra Millei. Somente através das mobilizações e
    das lutas que podemos derrotar a extrema direita e lutar pela transformação radical
    da sociedade. Que as principais Centrais sindicais, rompam com o apoio aos
    governos, e convoquem imediatamente um plano de luta que unifique os
    trabalhadores contra os ataques em curso. 

    Assinam esta tese:
    1) Guarnieri JAT/OTM2 
    2) Fernanda Peluci GBU/OTM1 
    3) Marília JAT/OTM2
    4) Rodrigo Tufão ORP/OTM2
    5) Larissa JAT/OTM2
    6) Tamiris Silva CDU/OTM1
    7) Priscila Guedes - ANT/OTM2
    8) Cesar Moraes - ITT/OTM2
    9) Camila Pivato - L15/OTM2
    10) Lima André- JAT/OTM2
    11) Carlos Lembo - JAT/OTM2
    12) Leo Santos - ANT/OTM2
    13) Fernando Salles - ORP/OTM2
    14) Claudomiro - OMID L2 VMD
    15) Juliana Körri - ANT/OTM2




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