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IV QTCA | Semana “QUEM TEM COR AGE” acontece na Unicamp

Desde segunda, 13 está acontecendo na Unicamp a semana do “Quem tem cor age”, uma iniciativa do Núcleo de Consciência Negra da Unicamp e que tem como objetivo discutir profundamente o racismo e seus desdobramentos dentro e fora da universidade.

quinta-feira 16 de março de 2017 | Edição do dia

Desde segunda, 13 está acontecendo na Unicamp a semana do “Quem tem cor age”, uma iniciativa do Núcleo de Consciência Negra da Unicamp e que tem como objetivo discutir profundamente o racismo e seus desdobramentos dentro e fora da universidade.

Nesta quarta edição o QTCA está tendo como tema “A dissimulação do racismo e a interdição da cidadania negra: políticas sociais em tempos de golpe”. Partindo de que o atual governo golpista representa retrocessos para os direitos da população em geral, mas principalmente da população pobre, composta majoritariamente por negros e negras.

A mesa de abertura teve como tema “O Golpe e a carne mais barata”, discutindo as implicações do momento político para a população negra e quais saídas que estão colocadas. Os debatedores foram Erica Malunguinho, Rosane Borges, Márcio Macedo (Kibe), Mario Augusto Medeiros.

Foto de Rafael Kennedy

Confira a programação completa da semana:

SEGUNDA (13/03) – DIREITOS SOCIAIS E O GOLPE
NOSSOS PASSOS VÊM DE LONGE: APRESENTAÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO DA LUTA NEGRA NA UNICAMP
O Núcleo de Consciência Negra é um grupo de estudantes negras e negros que se organizam na Unicamp desde meados de 2012, porém, nós não somos os primeiros e nem sempre a luta negra na Unicamp foi dessa forma. Sendo assim, a proposta desta atividade é resgatar o histórico da organização de estudantes, funcionários e professores negros que passaram pela Unicamp, pois nossos passos vêm de longe.
Local: IEL – Segunda (13/03) às 14h

Foto de Rafael Kennedy
MESA DE ABERTURA: O GOLPE E A CARNE MAIS BARATA
O eixo que norteará as atividades do IV QTCA é a discussão sobre políticas públicas, direitos sociais e o golpe que se desenrola no cenário político brasileiro. As propostas de ajuste fiscal apresentadas pelo governo golpista, e apoiadas por vários setores do Congresso e do Senado, atingem muitos dos direitos que foram duramente conquistados pela população brasileira ao longo de décadas de luta. Quais leituras podemos fazer de tal conjuntura brasileira atual? E sendo a população negra a maior parte da população pobre e trabalhadora, como articular uma visão de conjuntura que não coloque a questão racial em segundo plano?
Local: IMECC – Segunda (13/03) às 17h
Convidadas (os): Erica Malunguinho, Rosane Borges, Márcio Macedo (Kibe), Mario Augusto Medeiros.
TERÇA (14/03) - EDUCAÇÃO
AULA ABERTA DE CAPOEIRA ANGOLA
Aula de Capoeira Angola com a Trenel Alieth Formiguinha, da ECAR - Escola de Capoeira Angola Resistência.
Horário: 10h Local: IEL
OFICINA: RELAÇÕES RACIAIS E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
Reflexões sobre a Lei 10.639, Lei 11.645 e o ensino das relações étnico-raciais.
Local: PB – Terça (14/03) às 12h
Convidados: CONEPPA.
O coletivo negro com práticas pedagógicas, se lança ao desafio de convidar profissionais da educação para a reflexão e construção de um movimento em educação que potencialize o que vem sendo proposto desde 2003, com a promulgação da lei 10639/03 e que está diretamente ligado a luta dos movimentos negros, movimentos de independência dos países africanos e que atingem todo o processo de repensar a colonização e o seu processo devastador de eliminação das diferenças, das minorias, da criatividade, especificificidades e riquezas da totalidade das culturas dos povos.
MESA: IMPLEMENTAÇÃO DA REFORMA DO ENSINO MÉDIO, CONSEQUÊNCIAS NA APLICAÇÃO DA LEI 10639 E AS COTAS ENQUANTO DEFESA DA UNIVERSIDADE PÚBLICA.
A atual conjuntura política do país tem trazido diversas demandas urgentes no que diz respeito à Educação Pública. Estamos acompanhando um processo cada dia mais acirrado de tentativa de retirada de direitos mínimos e ostensiva precarização dos equipamentos educacionais, evidenciados pela proposta da Reforma do Ensino Médio e pela emenda constitucional que estabelece um teto para investimentos públicos, apesar da resistência de alunos ocupando centenas de escolas como forma de protesto e luta contra estes retrocessos. Considerando este cenário, é pertinente refletir sobre o histórico esforço do Movimento Negro em reivindicar, propor e promover formas de Educação que deem conta das lacunas do Estado em se tratando da educação da população pobre e negra, a fim de fazer apontamentos sobre quais são ainda os desafios e possíveis perspectivas de enfrentamento.
Local: IFGW – Terça (14/03) às 17h
Convidadas: Márcia Anacleto, Roseli Machado, Ivanilda Amado Cardoso.
QUARTA (15/03) – SAÚDE, GÊNERO E SEXUALIDADE
MESA: CORPOS MASCULIDADES E FEMINILIDADES NEGRAS
O objetivo desta atividade é discutir as relações entre raça, gênero, sexualidade e suas implicações sobre as vidas negras. Além disso, a proposta da discussão vem no sentido de contestar os estereótipos atribuídos sobre a população negra a partir do reconhecimento da diversidade, humanidade - que o racismo vem nos ceifando, e as potências que marcam as lutas e a sobrevivência do povo preto.

Foto de Rafael Kennedy
Local: IB – Quarta (15/03) às 13h
Convidadas (os): Marilea Almeida, Aloysio Letra, Camila Colombo.
MESA:POLÍTICAS PÚBLICAS E A SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA
A mesa sobre saúde da população negra tem como objetivo discutir o impacto do racismo na organização do sistema de saúde pública no contexto brasileiro: um país em que as condições de vida da maior parte da população resultam de injustos processos sociais, culturais e econômicos. Para tanto, faz-se necessário discutir o racismo a partir de sua implicação psíquica, as potencialidades de inserção da temática dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), a contribuição do movimento negro frente a esta demanda, as desigualdades no tratamento da população, entre outros aspectos.
Local: IB – Quarta (15/03) às 17h
Convidadas (os): Jamilli Morais (Negrex) e FICAFRO - Fórum de Integração Cultural Afro Brasileiro.
QUINTA (16/03) - MORADIA/SEGURANÇA
AULA-PÚBLICA "OCUPAR E RESISTIR: A TERRITORIEDADE DO POVO PRETO"
O Direito à moradia foi considerado um direito humano universal pela declaração dos direitos humanos em 1948, todavia este direito fundamental é historicamente ceifado de boa parte do povo preto. Neste sentido, esta aula pública tem como objetivo discutir as precárias e quase inexistentes políticas públicas para moradia no Brasil e as formas de resistência em um contexto de recrudescimento dos ataques a direitos sociais que afeta diretamente a população negra e indígena. Vale notar que nos últimos anos presenciamos uma explosão de ocupações de escolas e universidades públicas em desagravo às reformas conservadoras e cortes na educação, a construção de quilombos urbanos como espaços de arte, cultura e resistência ao racismo e também as importantes ações de movimentos por direito a teto, terra e reparação histórica frente aos interesses da especulação imobiliária, do agronegócio e de um pensamento segregacionista e racista que entende a cidade e o campo como propriedade e não como direito.
Local: IQ- Quinta (16/03) às 12h.
Convidadas: Carmen Sousa, Cristiane Anizeti e Maíra Silva
MESA: CAMBURÕES E NAVIOS NEGREIROS : GENOCÍDIO E ENCARCERAMENTO DA POPULAÇÃO NEGRA
O Estado brasileiro consolidou-se através do emprego de seus aparelhos de criminalização (sistema judicial e prisional, as polícias estaduais e as forças armadas) para executar uma política seletiva de dominação, controle e extermínio da população negra, em especial da parcela masculina e juvenil, encarada como ameaça à ordem social e racial do país. A atividade visa alertar a sociedade, promovendo o debate sobre a necessidade de reformular o modelo de segurança pública e de combater o genocídio da população negra.
Local: IQ – Quinta (16/03) às 17h.
Convidadas (aos): Raquel Teixeira, Teófilo Reis.

Festa de Encerramento, hoje, 16/03 às 23h no IFCH




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