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MAIS E MAIS AJUSTES | Levy quer ajuste maior e atacar aposentadorias

sexta-feira 11 de dezembro de 2015 | 00:00

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, admitiu na quarta-feira à noite, 9, numa conversa com representantes da Comissão Mista de Orçamento (CMO), que poderá deixar o governo caso seja aceita a proposta, defendida por uma ala do governo, de reduzir a zero a meta de superávit primário para o próximo ano, fixada por ele em 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB). "Se zerar o superávit, estou fora", disse Levy aos presentes ao encontro.

Esta pressão do ministro é para aplicar maiores e mais agressivos ajustes contra a classe trabalhadora.

Aproveitando-se da perspectiva de rebaixamento da nota da dívida do país pela agência de risco Moody’s o ministro voltou às câmeras na quinta-feira para comentar sobre a dívida brasileira e argumentar qual ajuste ele defende e pressiona para que aconteça.

O ministro manifestou que a dívida interna "está crescendo em velocidade desconfortável", o que "aponta a importância de o País fazer reformas", sobretudo de ordem fiscal "para isso, precisamos de unidade, todos estarem pensando em primeiro lugar no Brasil", disse. "É preciso união, entendimento e muito foco para fazer o que for necessário."

O ministro apontou que há propostas fiscais no Congresso que "precisam ser votadas e decididas até o final do ano", pois o "Brasil não pode esperar". Ou seja, defende o aumento de impostos, como o retorno da CPMF, e que esta pauta seja colocada em votação com celeridade, como querem também Dilma e Renan mas a mais importante ’agenda Levy’ é o ataque as aposentadorias.

Levy afirmou que em 2016 há dois pontos essenciais para as contas públicas relativos a mudanças na Previdência Social: "O primeiro deles é dizer qual será a reforma da Previdência", destacou. "O outro é definir a fonte de receita para se chegar à estabilidade fiscal." Ou seja não só atacar os direitos dos trabalhadores relativos a com que idade e tempo de contribuição se aposentar mas inclusive Levy quer discutir qual a forma de financiamento da previdência, indo muito mais longe do que outros neoliberais, para avançar na privatização da previdência.

A ’agenda Levy’ pode ter diferenças à agenda ’Temer’ e esta da ’agenda Lula e Dilma’ mas todos já declararam repetidas vezes que é preciso mexer na previdência, contra os direitos dos trabalhadores.

Esquerda Diário com informações da Agência Estado




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