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Conciliação fortalece a extrema direita | Ex-ministra de Lula votou pela soltura do acusado de ordenar assassinato de Marielle

Nesta quarta-feira, a deputada federal e atual vice-lider do Governo Lula na Câmara, Daniela do Waguinho (União Brasil), conhecida por apoiar a mílicia, votou pela soltura do mandante do assassinato de Marielle Franco, o deputado Chiquinho Brandão (ex-União Brasil), preso pela Polícia Federal acusado do assassinato de Marielle.

quinta-feira 11 de abril | Edição do dia

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, por 277 votos favoráveis , que Brazão continue preso. 129 contrários foram contrários à manutenção da prisão, destes dois deputados do Partido Verde, parte da frente ampla, e ainda 28 abstenções, sendo 4 destas por parte de deputados do próprio PT, incluindo o vice-presidente do partido, Quaquá.

É fato que "Daniela do Waguinho" representa os setores mais reacionários da política brasileira. Do mesmo partido de Sergio Moro e uma série de golpistas, possui vínculos históricos com a milícia carioca e compõe a Frente Parlamentar contra o Aborto. Foi Ministra do Governo Federal, cargo que envolvia uma negociação diretamente com o miliciano Waguinho e o PT desde antes das eleições de 2022, com o aval de Lula e Janja.

O que chama atenção, apesar de não ser novidade, é até onde vai a política de conciliação de classes do PT no governo de Frente Ampla, que como vimos vai de setores ligados à milícia ao PSOL.

Novamente fica nítido que essa mesma política de conciliação de classe que nos 13 anos de governo petista pavimentaram o caminho do golpe e a ascensão da extrema direita bolsonarista é repetida hoje, levando os setores mais reacionários a se fortalecerem.

Desde o assassinato de Marielle, viemos colocando desde o Esquerda Diário, que não seria possível resolver efetivamente este caso sem uma luta massiva, que impusesse uma investigação independente e uma efetiva luta pelo fim da impunidade. Isso não ocorreu até aqui e, com isso, segue a impunidade e as dúvidas pairando sobre o caso. Enquanto isso não se resolve e não se chega até as cúpulas deste crime bárbaro, seguiremos insistindo que é preciso uma luta nas ruas sem nenhuma ilusão nas forças repressivas e exigir que sejam publicizadas todas informações para que não exista impunidade neste caso de assassinato político.




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