Impulsionados pelos sérios escândalos de corrupção na Petrobras e também por uma delicada situação econômica, que tende a se agravar, a popularidade e o respaldo à gestão da petista Dilma Rousseff continuam caindo.
terça-feira 21 de julho de 2015 | 23:30
Segundo uma pesquisa encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT, patronal), divulgada nesta terça-feira, a taxa de aprovação do governo da presidente caiu para 7,7%, com um índice de rejeição de 70,9%.
Questionados sobre o grave escândalo de corrupção na Petrobrás, 69,2% dos entrevistados consideraram que Dilma tem algum grau de culpa nessas irregularidades e, segundo a pesquisa, 62,8% se mostraram a favor do impeachment, frente 32,1% que se declararam contra.
Há um mês o Data Folha divulgava pesquisa que situava a taxa de aprovação do governo em 10%. Quinze dias atrás, o Ibope situava esse mesmo indicador em 9%.
Flávia Vale, professora de Contagem, BH, comentou que “frente a essa situação é fundamental que a esquerda consiga organizar os trabalhadores, atraindo os setores da base das centrais sindicais governistas e burocráticas para evitar que essa crise do governo seja capitalizada pela direita. É necessário organizarmos um espaço de unidade da esquerda contra os ataques do governo e da patronal que possa se constituir como alternativa”.
Essa declaração demonstra que, mesmo comparado ao apertado resultado eleitoral de 51% com os quais Dilma foi reeleita no segundo turno das eleições, o desgaste do governo e da própria governante são mais que visíveis e estão chegando a níveis alarmantes.
Segundo uma pesquisa divulgada pelo Banco Central, a situação econômica tende a piorar, com uma contração de 1,7% neste ano. O governo já admite que poderá chegar a 1,2%.
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