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DESEMPREGO | Apesar de melhora na produção industrial, desemprego continua a crescer no Brasil

No encerramento trimestral de junho, o desemprego no Brasil havia atingido a maior taxa da série histórica, que teve início em 2012. Os resultados foram ainda piores no fechamento de agosto, que apresentou 11,8% de taxa de desemprego enquanto junho fechou com 11,6%.

quarta-feira 2 de novembro de 2016 | Edição do dia

Apesar do aumento no desemprego, a produção industrial voltou a crescer em setembro. Segundo o IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a produção industrial cresceu 0,5% em setembro, após duas retrações consideráveis de -3,5% em julho e -0,1% em comparação com junho.

Com o aumento do desemprego, o rendimento médio do trabalhador caiu para R$1985 em junho de 2016, porém, com os preços ainda se mantendo em altos níveis, comprometendo o consumo e mantendo ainda o cenário de estagnação da economia.

O cenário econômico para o trabalhador vem ficando ainda pior, se levado em consideração que pouco antes do impeachment, Dilma Rousseff já havia preparado um pacote de medidas que permitiam a flexibilização dos direitos trabalhistas e comprometiam a renda do trabalhador.

Com o golpe consolidado, crescem as pressões da burguesia industrial para suprimir a CLT. O novo governo Temer já começam os ataques no setor público com medidas reacionárias como a PEC 241, a entrega do Pré-sal e a reforma da previdência.

As quedas nos índices em setores como o de trabalho doméstico e trabalho informal, que até então estavam absorvendo parte da mão de obra desempregada e reduzindo relativamente o impacto da crise, já pode representar uma possível saturação desse setor, aumentando ainda mais o cerco para os trabalhadores.

Indústria

A indústria e a construção foram juntas os setores que mais demitiram no país, aumentando consideravelmente a taxa de desocupação.

Segundo o coordenador de trabalho do IBGE, Cimar Azeredo, na indústria era esperado pelo menos uma estagnação na taxa de desemprego, o que não aconteceu.

Em várias categorias as demissões ainda se mantiveram, mesmo após várias fábricas passarem por medidas, como o Lay Off e redução da jornada de trabalho.

A produção na construção civil ainda segue em baixa, assim como as montadoras de veículos, foram os setores listados entre os mais atingidos pela queda no consumo gerados pela crise.

É preciso lembrar que estes setores lucraram montanhas de dinheiro no último período de crescimento econômico e que os programas aplicados ainda pelo governo Dilma, que beneficiaram os empresários destes setores, não garantiram o emprego e a renda dos trabalhadores. Agora no governo golpista de Temer os empresários querem avançar ainda mais nos ataques à classe trabalhadora como a reforma da previdência e trabalhista e assim as custas de nossos direitos aumentar seus lucros.




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