Foto: Isabela Carrari/Prefeitura de Santos

O secretário de vigilância em saúde do ministério da Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, declarou hoje que o ministério estuda, junto à fabricante dos testes fornecidos ao ministério em abril desse ano, a extensão do prazo de validade dos quase 7 milhões de testes parados em estoques pelo país que vencem em 2 meses.

Pode interessar: Prazo de validade pode levar governo Bolsonaro a jogar fora 6,8 milhões de testes sem uso

Medeiros afirmou que o prazo de validade dos testes foi estipulado de maneira cartorial pela ANVISA, devido a necessidade urgente de coloca-los em circulação para combater a pandemia da COVID-19.
Já a diretora da Anvisa Cristiane Jourdan, em entrevista a folha de São Paulo, contestou a versão do Secretário com relação a validade dos testes. Afirmou que a validade foi estipulada pela Seegene, empresa que forneceu os testes e que o prazo segue parâmetros técnicos baseados em estudos de estabilidade que determinam a qualidade dos produtos. Afirmou ainda que “perda de qualidade pode causar resultados falso positivos e falso negativos”.

Pode interessar: Testes essenciais no rastreamento do COVID-19 são cada vez menos aplicados no Brasil

De acordo com Medeiros, em audiência pública que aconteceu no dia de hoje para prestar esclarecimentos sobre a questão dos milhares de testes que correm o risco de virar lixo, a empresa coreana responsável pelo fornecimento dos testes enviou parecer favorável a prorrogação do prazo de validade por mais 4 meses. A Anvisa, agência responsável por avalizar a prorrogação dos prazos de validade, se pronunciou dizendo que a análise levará em conta parâmetros técnicos.

Pode interessar: Enquanto Bolsonaro menospreza segunda onda, laboratórios privados tem altas de teste