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As notícias de filas da vacina contra a Covid-19 começaram a aparecer ao redor do país. Relatos e denúncias de que políticos fora dos grupos prioritários, os trabalhadores da linha de frente do combate ao vírus, apareceram em diversos estados.

Em São Paulo, no HC, a denúncia é de que a vacinação foi feita de forma privilegiada. Segundo informações do G1, 196 estudantes da Pós-Graduação de um curso relacionado ao instituto foram vacinados, mesmo não tendo relação direta com o combate ao Coronavírus, o que quebraria os protocolos de prioridades.

O que espanta mais é que quem ficou de fora no HC nesta primeira leva foram exatamente as trabalhadoras e trabalhadores que costumam ser “deixados de escanteio” por governos rotineiramente. Terceirizados e terceirizados do HC não receberam a vacina nesta leva.

Funcionários do hospital alegam que a instituição deveria ter recebido 30 mil doses do governo estadual, de João Doria (PSDB), mas que foram entregues apenas 25 mil, e que por isso os terceirizados teriam ficado de fora. Uma tentativa de justificativa que só piora o quadro de uma situação já desorganizada.

Em nota, a secretaria estadual da Saúde disse que "a recomendação é que sejam vacinados os profissionais da linha de frente de Covid", o que reforça o absurdo de terem sido deixados de lado funcionários e funcionárias da limpeza do hospital, fundamentais para a garantia de qualquer tipo de atendimento no combate à Covid.