Embora a lei não obrigue o retorno presencial das aulas de imediato, tornar a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o apoio pedagógico atividades essenciais é uma sinalização para avançar na flexibilização dos protocolos. Em meio ao caos sanitário gaúcho, com 107% das UTIs lotadas,mais de 17 mil mortos por covid-19 no estado, aumento exponencial do contágio, ameaça de falta de oxigênio nos hospitais, Leite reabre o comércio e quer reabrir escolas como depósitos de crianças para que os trabalhadores possam ser melhor explorados.

Independente do que os deputados e o governador que vivem outra realidade decidem, quem está na linha de frente da saúde e da educação é quem tem que decidir quando e como o retorno das aulas presenciais deve ocorrer. As vidas valem mais do que o lucro de meia dúzia de empresários que Leite e os deputados representam. É preciso organizar os Conselhos Escolares em cada escola para efetivar a gestão democrática das escolas, cada comunidade, junto com os profissionais da saúde e da educação devem decidir em assembleias quando o retorno é possível e em que condições.

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