Foto: Evaristo Sá/AFP/24-05-2019

É quase um deboche ouvir que em 3 meses o Brasil terá controle da pandemia quando o que se vê na realidade não caminha nesse sentido. Escândalos de corrupção e superfaturamento com vacinas, demora para a vacinação e falta de assistência médica é o que esse governo entrega para a população. Com mais de 500 mil mortos, com o plano de vacinação tendo seu início em Janeiro de 2021, o Brasil conta com apenas 12% da população imunizada até agora. Esses dados caminham no sentido oposto de se ter um horizonte de controle do vírus em 3 meses.

Além disso, desde o início da pandemia grande parte da população, se não foi demitida de seu posto de trabalho, continuou pegando ônibus lotado para ir trabalhar, muitas vezes com jornadas maiores e salários menores. O auxílio emergencial entrou como uma carta na manga do governo no início de 2020 como forma de garantir que as pessoas continuassem consumindo, pois a maioria da população amargava o desemprego ou ficava sujeita a empregos precários. No entanto, os insuficientes 600 reais, que este ano foram cortados para 150 reais não foi o bastante para conter o drama social vivido pela população brasileira, que perde seus familiares e amigos ou para o vírus ou para a miséria.

Bolsonaro, Paulo Guedes e Marcelo Queiroga querem fazer demagogia com o auxílio emergencial dizendo que essa prorrogação vai manter o Brasil sob controle, mas a verdade é que eles em nada se importam com a população. Enquanto as pessoas perecem de fome ou do vírus, o governo lucra em cima das vacina, deixando a população à própria sorte com apenas 150 reais para sobreviver, enquanto uma cesta básica custa, em média 650 reais.