As imagens que revelam um soldado deitado com o rosto para o chão levando uma sequencia de chutes pelo corpo e cabeça, é parte de um Inquérito Civil instaurado pelo MPF para apurar denúncias de torturas, maus-tratos e assédio moral contra os soldados do Exército lotados no 41º Batalhão de Infantaria Motorizada, em Jataí.

Ao menos quatro integrantes da corporação tambem foram vítimas deste mesmos crimes praticados por seus superiores. Isso, do que se tem registros e provas, mas que os proprios dados da elevada violência policial contra a população brasileira, sendo a que mais mata no mundo, denuncia o caráter de formação destes soldados que por muitas vezes se colocam desse mesmo modo, contra os trabalhadores, a juventude pobre e negra, os LGBTs, população de rua, dentre outros passiveis a estes mesmos abusos, como os praticados recentemente na Rocinha.

Em nota enviada ao Portal do G1, a assessoria do Exército informou que já foi notificada da investigação e determinou a abertura de Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar a denúncia relatada pelo MPF/GO. Destacou cinicamente a prisão, por 72 horas, dos militares diretamente envolvidos e transferiu, internamente, as vítimas para "evitar contato entre denunciados e denunciantes".

O comunicado pontua também que o Exército tem, entre seus valores, "o respeito ao indivíduo e à dignidade da pessoa humana, em todas as situações, bem como, empenha-se, rigorosamente, para que eventuais desvios de conduta sejam corrigidos dentro dos limites da lei". O que é de total demagogia aos impactos que a violencia estrutal da formaçao da forças armadas brasileiras, que atuam diretamente na repressão nas periferias e da classe trabalhadora de conjunto.