Imagem: divulgação/Instagram

O vídeo divulgado hoje (20) nas redes sociais foi gravado ontem, segunda-feira (19), pela manhã. Esse foi o período em que Paola Amaral foi vítima de transfobia em Teresina, Piauí.

As imagens são chocantes e revoltantes. Ela teve seus pés amarrados e foi mantida presa dentro do porta-malas enquanto homens a agrediam com um pedaço de madeira. Num dos vídeos, Paola é levada por um dos agressores até os guardas municipais e faz ela cair no chão, ainda com os pés amarrados. Os guardas municipais não fazem nada diante dessa atrocidade cometida com Paola.

A Associação Nacional de Travestis e transexuais (Antra) denunciou o caso nas redes sociais e informou que a Guarda Municipal "afirmou em nota que não presenciou o momento em que a travesti é torturada no porta-malas porque a equipe ’chegou ao local posteriormente’, diz não defender ’que seja feita justiça com as próprias mãos’ e que ’vai avaliar se houve falhas no procedimento’". Mas a cena é clara: Paola é violentada na frente dos policiais que não fazem nada. E este caso apenas reafirma o caráter racista e opressor da polícia, sua "proteção" é seleta para a parcela rica da sociedade apenas.

Ainda em nova nota divulgada hoje (20) pela Antra, Paola já foi liberada e está sendo acolhida pelos movimentos locais e pela rede de proteção à violência LGBTIfóbica de Teresina.

O vídeo contém agressão.

Esse tipo de violência contra pessoas trans e travestis infelizmente é recorrente no Brasil de Bolsonaro e Mourão, incitadores de ódio contra pessoas LGBTQI+. Dados divulgados recentemente mostram que apenas em 2020 o homicídio de LGBTs aumentou 25%, sendo que apenas no primeiro semestre de 2021, 80 transexuais foram assinadas.

É preciso tomar as ruas por justiça à todas as vítimas de transfobia, se inspirando nos protestos que estão tomando as ruas do Estado Espanhol exigindo justiça para Samuel, vítima de LGBTfobia.